Justiça realiza etapa do Teste Público de Segurança

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    “A Justiça Eleitoral está sempre aberta à fiscalização e à aferição da segurança das urnas, e conta com o conhecimento e a experiência de todos para sugestões de melhorias”. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, ao dar início à primeira etapa do Teste Público de Segurança do Sistema Eletrônico de Votação (TPS 2017), realizada no TSE.

    Na tarde de hoje, os 17 investigadores e os três grupos pré-selecionados participaram de uma palestra, com os representantes da área de Tecnologia da Informação do TSE, que servirá  de subsídio para a atuação dos investigadores no TPS. Após a palestra, os pré-inscritos tiveram acesso à área de exposição dos códigos-fonte para ambientação. Eles terão até sexta-feira (6) para fazer uma inspeção nos códigos-fonte do sistema, a fim de buscar possíveis falhas ou fragilidades, que servirão de insumos para a elaboração dos seus planos de testes.

    Em sua fala, o ministro Gilmar Mendes explicou a importância do teste para o desenvolvimento dos sistemas eleitorais de votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.“Trata-se, antes de tudo, de uma convocação à participação da sociedade civil no conjunto de ações controladas para identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos de uma eleição”, disse.
    Na opinião do presidente do TSE, os partidos políticos, especialmente, têm um papel essencial no processo de fiscalização do sistema eletrônico de votação, mas muitas vezes deixam de cumprir essa tarefa. “Vejam: na última eleição presidencial, iniciamos seis meses antes do pleito o processo de acompanhamento do desenvolvimento dos sistemas utilizados nas urnas e, naquela ocasião, nenhum partido político nem nenhum outro órgão ou entidade compareceu ou participou. É muito importante que esse acompanhamento seja realizado. Mais do que um direito, isso é um dever”, destacou. 

    Para manter a credibilidade da urna e garantir a lisura do processo democrático, a Justiça Eleitoral tem intensificado o trabalho em prol da transparência sobre o assunto, com significativo acréscimo do rol de órgãos e instituições com acesso antecipado aos programas a serem utilizados nas próximas eleições. O ministro enfatizou, ainda, que houve um aumento do “quantitativo de urnas eletrônicas a serem auditadas por meio de votação paralela, procedimento que passou a ser realizado em local com expressiva circulação de pessoas, com vistas a permitir que a sociedade acompanhe e verifique o resultado da auditoria, sem falar neste Teste de Segurança Pública”.

    Além disso, lembrou o ministro que o TSE firmou um acordo de cooperação com a Sociedade Brasileira de Computação (SBC), que dará suporte técnico ao Tribunal, numa conjunção de esforços para garantir transparência e segurança dos dados dos sistemas eleitorais para o pleito de 2018.  
    Tecnologia da Informação

    O secretário de Tecnologia da Informação, Giuseppe Janino, reforçou a importância do evento para os investigadores adquirirem o conhecimento necessário para que tenham condições de entender o funcionamento das eleições e apresentar os seus planos de teste com efetividade e compromisso com a melhoria do processo eleitoral brasileiro. “É uma forma dinâmica, democrática e participativa, em que a sociedade contribui efetivamente para essa melhoria”, disse.

    Giuseppe, durante sua explanação, também falou sobre assuntos institucionais, urna eletrônica e visão geral do processo e evolução, bem como sobre meios de controle e fiscalização das eleições.

    Depois dele, servidores da área de TI explicaram os processos de acordo com suas áreas. Participaram da palestra o coordenador de infraestrutura de TI, Cristiano Andrade, que falou sobre os procedimentos de instalação; o chefe da Seção de Segurança Eleitoral, Luís Consularo; o chefe da Seção de Voto Informatizado, Rodrigo Coimbra; o titular da Seção de Totalização e Divulgação de Resultados, Júlio Valente; Valdermir Borges, que falou sobre o JEConnect; e Alberto Cavalcante, chefe da Seção de Integração de Sistemas Eleitorais.
    TSE

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