Por discordar do fechamento da Ala Pediátrica do Hospital da FAP, a secretária municipal de saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, se recusou a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, no Ministério Público Estadual, para que o hospital suspendesse os atendimentos do setor a partir do mês de dezembro deste ano. Mesmo sem a assinatura do documento, o hospital informou que vai desativar o serviço de Pediatria nos próximos seis meses.
Segundo Luzia Pinto, a assinatura do TAC ratificaria que a Prefeitura estaria concordando com a decisão da FAP de encerrar os atendimentos de Pediatria. “A decisão do hospital é um retrocesso para a saúde pública campinense. A instituição, que é filantrópica, não pode fazer uma escolha como esta sem levar em consideração, principalmente, o prejuízo para os moradores das comunidades do entorno da FAP, que recorrem àquele serviço com suas crianças”, lamentou.
A secretária lembrou ainda que a Prefeitura prontificou a assumir o déficit financeiro do setor de Pediatria da FAP, com repasse mensal de R$ 50 mil. No entanto, mesmo com o aporte de recursos para manter o funcionamento do serviço, a direção do hospital manteve a decisão de fechar a Ala Pediátrica, alegando que precisaria de espaço físico para ampliar os atendimentos de oncologia da unidade.
Atualmente, a FAP possui 22 leitos de pediatria para internação. O serviço atende não apenas crianças campinenses, mas também de outras 150 cidades paraibanas que pactuaram recursos desta especialidade médica para Campina Grande. Caso seja mantida a decisão da FAP, a Secretaria Municipal de Saúde irá convocar os gestores destes municípios para discutir estratégias para assegurar os atendimentos de Pediatria.
“Mesmo não concordando com o fechamento da Pediatria da FAP, vamos garantir, de forma responsável, que os atendimentos sejam prestados à população, evitando, sobretudo, a superlotação em outros serviços de saúde. Ainda assim, esperamos que a direção da FAP possa manter aberto o diálogo, a fim de que possamos repensar alternativas para que o atendimento pediátrico continue sendo feito naquele hospital”, concluiu a secretária.
Fonte: Codecom
Se é claro e evidente que existe solução para o que alegam. só resta apelar para a direção e conselheiros, bom senso…