A Comissão do Sesquicentenário de Campina Grande, após reunião no último dia 30, na Secretaria Municipal de Cultura, com a comissão de avaliação das obras de arte inscritas pelos artistas plásticos para a criação de uma escultura em homenagem ao povo negro, na figura do aguadeiro e líder do movimento Quebra-Quilos, João Vieira (Carga-D’água) na passagem dos 140 anos deste movimento social e em comemoração ao Sesquicentenário da cidade, aprovou a obra de arte “Atirou uma rapadura ascendeu um sol”, de autoria de Flávio Cândido Freire.
A escultura será erguida em tamanho natural, medindo 1,70 de altura, em material concreto armado, e será posicionada sobre pedestal de um metro de altura. O artista selecionado pela produção da escultura receberá o valor de R$ 15 mil.
A proposta de desenho da escultura, retratando o líder do movimento Quebra Quilos, João Vieira, segundo o artista plástico Flávio Cândido Freire, foi feita a partir de uma pesquisa de campo onde ele conheceu Antônio Mendes Vieira, morador do bairro do Catolé, em Campina Grande, que é neto do líder da revolta.
Antônio falou que o estopim do movimento foi quando o avô dele jogou uma rapadura na cabeça do delegado. “Gerou-se um tumulto e os revoltosos começaram a atirar pesos e balanças no açude velho”, conta. O jazigo de João Vieira (Carga-D‘água) se encontra no cemitério do Monte Santo com a epígrafe “Atirou uma rapadura. Acendeu um sol”, frase que dá nome à escultura.
Compõe a comissão do Sesquicentenário de emancipação política de Campina Grande os coordenadores Iara Macedo Lira e Erasmo Rafael da Costa, que contaram com o apoio neste processo seletivo da coordenadora da subcomissão de Patrimônio, Giovanna de Aquino Fonseca.
