O crack é mais do que um problema de segurança pública. Segundo especialistas, essa batalha só pode ser vencida se a dependência da droga for reconhecida e tratada.
Em Campina Grande, existem duas comunidades terapêuticas, uma clínica de reabilitação, um Centro de Atenção Psicossocial a Usuários de Álcool e Drogas (Caps. AD) e pelo menos cinco grupos de apoio a alcoólicos anônimos. O vereador Tovar Correia Lima (PSDB) acredita que essa estrutura precisa ser ampliada e conta com a participação do Governo Estadual.
O parlamentar apresentou um requerimento – aprovada por todos os vereadores no final de março. O documento pede uma rede de prevenção e tratamento exclusiva para a droga que vem ganhando espaço por ser mais barata que a maconha e a cocaína. “No requerimento, ainda pedimos que fosse criada uma parceria entre governo municipal e o governo estadual ou municipal, para que sejam disponibilizados pelo menos quatro leitos dos hospitais para o tratamento de dependentes”, conta o vereador Tovar.
A idéia é oferecer, além do tratamento de desintoxicação adequado, oportunidades para que os ex-usuários voltem ao convívio social com dignidade. “Há R$ 140 milhões do governo federal para o combate ao crack. Boa parte para a implantação de leitos hospitalares e clínicas de desintoxicação, e isto depende unicamente das cidades demonstrarem interesse”, acredita Tovar.
