Para os alunos do Projovem Urbano, que colam grau nesta terça-feira (12), no Teatro Municipal Severino Cabral, os professores selecionados pela Secretaria de Educação da Prefeitura de Campina Grande são o diferencial do Programa.
O Projovem Urbano é uma das modalidades do Projovem Integrado – Programa Nacional de Inclusão de Jovens. Quem como finalidade elevar o grau de escolaridade visando ao desenvolvimento humano e ao exercício da cidadania, por meio da conclusão do ensino fundamental, de qualificação profissional e do desenvolvimento de experiências de participação cidadã.
Cerca de 300 alunos estão concluindo o curso com duração de 18 meses, que oferece a conclusão do ensino fundamental, treinamento em informática, formação profissional inicial e atividades de participação cidadã. Aos jovens que cumprem determinados requisitos de frequência e elaboração de trabalhos é concedido um benefício mensal de R$ 100,00 por mês.
Participam do Projovem Urbano jovens de 18 a 29 anos, que sabem ler e escrever e que não tenham concluído o ensino fundamental. Não é permitido o acúmulo de benefícios de diferentes modalidades do Projovem.
OPINIÕES – Geisa Paula da Silva, 29 anos, natural do Rio de Janeiro mora em Campina Grande há nove anos, mãe de duas meninas e do Bebê Prefeito (Carlos Eduardo, de cinco meses), afirma que, “sempre tive vontade de ser alguém na vida, ser exemplo para as minhas filhas. Sonhei sempre em fazer um curso superior para minha vida melhorar, uma vez que isso só acontece através da educação”.
Geisa estudou na Escola Municipal Williams de Souza Arruda, no Arco de Alimentação, ela acrescenta que. “sempre gostei de estudar, o diferencial do Projovem são os professores, dedicados e comprometidos com a educação, além do apoio que as mães recebem na Sala da Acolhida. Quando tive oportunidade de estudar não aproveitei, hoje quero continuam meus estudos e não posso, pois tenho um marido e três filhos”.
– Minha mensagem – O mundo não tem nada a oferecer, o estudo é tudo na vida do jovem, os desvios de conduta levam a morte ou a cadeia. Aproveitem as oportunidades oferecidas – concluiu.
Cristiane da Rocha Oliveira Medeiros, 31 anos, mãe de quatro filhos parou de estudar em 2003 quando nasceu o seu segundo filho. Em 2013 tomou conhecimento do Projovem Urbano.
Procurou a Escola Municipal Dr. Chateaubriand para obter informações do programa, a idade se encaixava nos requisitos, a dificuldade eram as crianças. Tomou conhecimento da Sala de Acolhida que foi fundamental para sua participação.
Ela destaca a boa vontade dos professores do Projovem e o comprometimento social que eles têm com os alunos. “Meu sonho maior é ingressar numa faculdade e se Deus quiser isso vai acontecer. Consegui concluir o fundamental e vou continuar estudando. Devemos ter um objetivo na vida, tudo o que a gente consegue é com trabalho, para crescer precisamos da educação”.
Cristiane destacou ainda o currículo diferenciado do Projovem, o interesse, a dedicação e a força de vontade dos professores incentivando os alunos.
Elaine Cristina, 27 anos, casada, aluna da Escola Municipal Williams de Souza Arruda, deixou de estudar quando ficou grávida. Quando foram iniciadas as matrículas do Projovem Urbano ela se interessou, no entanto, o marido não queria deixar, mas com muito diálogo ele aceitou.
“Foi muito bom, comecei de onde parei até o final do ensino fundamental. Recebi total apoio dos professores que são o diferencial do programa, agradeço em especial à professora Fernanda que sempre me ajudou nas horas críticas. Faria tudo de novo e enfrentaria os 18 meses de aulas para recebeu nesta terça-feira, o meu certificado de conclusão”.
PROFESSORA – A professora de Ciências Humanas do Projovem Urbano, que trabalho na Escola Municipal Williams de Souza Arruda, Fernanda Pinto de Aragão Quintino, afirma que foi gratificante a experiência de lidar com pessoas da sua idade, que tiveram a mesma condição sócio econômica que teve na sua infância e seguiram outros caminhos e que viram no Projovem a chance de mudar o futuro.
Ela afirma que, “mais que professor me senti um agente de mudança social. Muitas vezes os alunos acreditavam que os professores tinham obrigações com eles extraclasse, como ajuda financeira, fazer a feira, etc”.
De acordo com Fernanda, a Sala de Acolhida, o jantar que é oferecido aos alunos e filhos, e o auxílio de R$ 100,00 são pontos positivos que seguram os alunos até o final do curso.
Fonte: Codecom