No Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira, 12, a cidade de Campina Grande tem muito para comemorar. Campina é o único município da Paraíba a realizar o transplante do órgão. Por ano, são em média 50 procedimentos realizados, de acordo com o Instituto Social de Assistência à Saúde (Isas). Os transplantes são financiados pelo Fundo de Ações Estratégicas e Compensação, do Serviço Único de Saúde (SUS), e repassados pela Secretaria de Saúde de Campina Grande.
O Hospital Antônio Targino é referência neste tipo de atendimento médico de alta complexidade. O diretor do Isas, o médico Rafael Maciel, que coordena o programa de transplantes, informou que a qualidade do trabalho feito na unidade tem reconhecimento internacional. “Temos ótimos profissionais, tecnologia e experiência. Precisamos de mais doadores para que o trabalho se expanda ainda mais, pois temos capacidade para realizar até 100 transplantes por ano”, disse.
Além dos investimentos nos transplantes, a Prefeitura de Campina Grande investe no tratamento para pacientes que passam pelo procedimento da hemodiálise. Os serviços são prestados através de convênio com a Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), com o próprio Hospital Antônio Targino e em 2014, a Prefeitura municipalizou o Hospital Dr. Edgley, que seria fechado, e reestruturou o setor de hemodiálise. Dez máquinas novas foram compradas, além de um equipamento portátil de osmose reversa que permite que o paciente seja transportado para outra unidade hospitalar ou mesmo que faça as sessões estando na Unidade de Tratamento Intensivo, UTI.
As máquinas de hemodiálise fazem a função do rim filtrando a água e as substâncias do sangue, quando o órgão do corpo humano não consegue fazer a função. Além delas, foram adquiridas vinte poltronas específicas para o procedimento. As acomodações são acopladas aos aparelhos e também são reclináveis, evitando o uso de macas em casos de remoção do paciente. Elas ainda possuem roldanas para facilitar o deslocamento, possibilitando maior conforto para os usuários do serviço.
Por mês, são atendidos no setor de nefrologia do Dr. Edgley mais de 150 pacientes, que passam pelo processo de hemodiálise durante três dias da semana. O espaço ganhou recentemente uma sala exclusiva onde são dialisados os pacientes portadores da Hepatite C. A Secretaria Municipal de Saúde está preparando salas separadas para pacientes com hepatite B e para os casos de diálise peritoneal, que é feita pela barriga. Esta última vai possibilitar que o paciente possa optar por esse tipo de procedimento durante o tratamento.
Também foram instalados nas enfermarias do setor aparelhos de ar-condicionado e televisores. O espaço passou por reforma e ganhou pintura nova. Além das mudanças na estrutura, a alimentação oferecida aos usuários foi reformulada pensando na saúde dos rins. Nas Unidades Básicas de Saúde, também há nutricionistas que acompanham os pacientes renais crônicos e Grupos de Discussão da doença com pacientes e equipes multiprofissionais. Os testes de glicemia são disponibilizados gratuitamente.
Fonte: Codecom