O Ceará registrou queda na taxa de fecundidade de 20,5% entre 2000 e 2010. Em 2000, cada mulher no Ceará tinha em média 2,56 filhos; em 2010, a média caiu para 2,04 filhos. É a maior queda percentual entre todos os estados brasileiros, de acordo com Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Os dados fazem parte da pesquisa Comportamento das Taxas de Migração, Fecundidade e Nupcialidade no Ceará na Última Década.
A taxa do Ceará ficou acima da média nacional, de 2,38 em 2000 e de 1,86 em 2010. Na taxa de redução de fecundidade, aparecem após Ceará os estados Rio Grande do Norte, com menos 19,86% (de 2,57 para 2,06 filhos), e Pernambuco, com decréscimo de 19,76% (de 2,42 para 1,95). O Rio Grande do Sul foi o que apresentou a menor queda, de 12,58% (de 1,91 para 1,67).
De acordo com o diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, a fecundidade explica, em parte, os aspectos demográficos de uma determinada região e influencia sua dinâmica populacional. Conforme Ataliba, taxas de fecundidade baixas podem mudar o padrão demográfico nacional, interferindo no comportamento futuro do mercado de trabalho, e nas contas do governo, reduzindo a quantidade potencial de contribuintes da previdência, por exemplo.
Ainda segundo o diretor geral do Ipece, a queda na taxa de natalidade é explicada ao maior acesso e conhecimento de meios contraceptivos por parte da população. Fatores como maior nível de escolaridade, maior participação das mulheres no mercado de trabalho e planejamento familiar efetivo, também podem estar relacionado com a queda da taxa, diz Ataliba.
G1/CE