As drogas psicoativas fazem parte da história da humanidade. Apenas reprimir o uso não resolve o problema. Por isso, as políticas públicas estão mais orientadas à redução de danos. A ideia é informar e orientar o dependente químico para evitar as consequências ruins do mau uso dessas drogas.
Cerca de 22% dos brasileiros acima de 18 anos já usaram drogas psicoativas além do álcool e do cigarro alguma vez na vida. Entre os estudantes, o uso frequente de drogas (20 ou mais doses por mês) é de 3,6%. A maconha é a mais usada das drogas ilícitas. Veja quais são as outras:
• Alucinógenos
• Anticolinérgicos (medicamentos e chás com plantas que possuem atropina e a escopolamina)
• Barbitúricos (sedativos)
• Benzodiazepínicos (medicamentos que induzem o sono)
• Cocaína
• Crack
• Esteroides anabolizantes
• Estimulantes (inclusive remédios para emagrecer)
• Heroína
• Merla (pasta-base da cocaína)
• Opiáceos (à base de ópio)
• Orexígenos (medicamentos estimuladores de apetite)
• Solventes (cola de sapateiro, lança-perfume, loló)
• Xaropes (codeína)
Embora muitas pessoas consigam viver bem usando essas substâncias, todas apresentam riscos potenciais de danos à saúde. O uso contínuo pode levar à tolerância (a pessoa fica acostumada à droga e precisa aumentar a dose para obter o efeito inicial) e dependência.
Onde procurar ajuda
Milhares de instituições, muitas não-médicas, formam uma rede nacional de assistência com ações de promoção, prevenção e proteção à saúde dos usuários. A maioria (70%) são instituições de autoajuda, como os Alcoólicos Anônimos (AA). O SUS tem os Centros de Atenção Psicossocial para álcool e drogas (CAPSad), de atendimento diário, com atividades laborais, de lazer e de cidadania.
A internação em hospital psiquiátrico não é a principal forma de tratamento. Quando necessária, a diretriz é que seja curta e aconteça preferencialmente em hospitais gerais, com acompanhamento pelos CAPS.
As ações de redução de danos à saúde, desenvolvidas em mais de 600 instituições pelo Brasil, já reduziram o número de casos notificados de Aids entre usuários de drogas injetáveis, sem aumentar o consumo de drogas injetáveis.
Saiba mais sobre como enfrentar o crack e as drogas na infância e adolescência.
Fontes:
Livreto Informativo Sobre Drogas Psicotrópicas da Senad
Relatório Brasileiro sobre Drogas 2010
Relatório de Mapeamento das instituições governamentais e não-governamentais de atenção às questões relacionadas ao consumo de álcool e outras drogas no Brasil – 2006/2007 (Secretaria Nacional Antidrogas)
Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos
Fonte: brasil.gov.br/