O empresariado de Campina Grande está participando ativamente das ações destinadas a elaborar um plano estratégico de desenvolvimento da cidade. Conforme garantiu o secretário municipal de Obras, André Agra, o plano vai nortear o progresso da cidade pelos próximos 20 anos, sendo um guia ou referencial para ações nas áreas social e econômica. A iniciativa conta com a participação do Poder Público, mas, sobretudo, da sociedade em geral.
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, empresário Álvaro Barros, a cidade precisava, há bastante tempo, deste tipo de planejamento. Como participante do comitê gestor para discutir a iniciativa, ele revelou que até a definitiva elaboração do plano serão necessários, pelo menos, cerca de dez meses de estudos, reuniões e troca de ideias sobre como ele será esboçado e definido, num trabalho que contará com a presença de representantes de várias entidades, como Associação Comercial, Sebrae e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL, tendo à frente a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba.
O empresário, contudo, destacou que o futuro Complexo Aluísio Campos, iniciativa da PMCG, no bairro do Ligeiro, vai se constituir numa das maiores “colunas” do futuro plano estratégico da cidade, pois no local, além da construção de 4.100 casas, haverá a instalação de centenas de empresas, dos mais diversos ramos empresariais, sendo responsável pela geração de milhares de empregos.
Álvaro Barros acentuou o fato de Campina Grande precisar se inspirar ou ter como modelo o que vem acontecendo em outros importantes centros do país, a exemplo da cidade paranaense de Maringá, onde impera a política de planejamento. “Em Maringá, onde estive, o planejamento de desenvolvimento foi esboçado até o ano de 2034. Isso quer dizer que, durante quase 20 anos, pelo menos cinco gestores (prefeitos) ou mandatos públicos vão trabalhar com base num plano feito para atender aos projetos da cidade e das suas demandas de progresso”, acrescentou.
Quem segue a mesma linha de raciocínio é o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Artur Almeida. Em sua visão, a iniciativa é positiva, pois a cidade finalmente contará com “uma linha norteadora para o seu progresso”. Para o líder classista, o plano deve ter como base o levantamento inicial das potencialidades econômicas da cidade.
“De fato, este levantamento é o ponto de partida, garantindo-se um conjunto de informações e conhecimentos imprescindíveis para que tenhamos ganhos em termos de planejamento estratégico, o que, modernamente, é condição fundamental à implementação de políticas econômicas e públicas garantidoras de um futuro de qualidade para qualquer sociedade”, afirmou.
De acordo com ele, as lideranças empresariais e os consultores precisam desenvolver, como passo inicial, para a elaboração do plano, uma “radiografia” econômica e social de Campina Grande. “A cidade ainda não se conhece e precisa, evidentemente, elucidar as causas de certos problemas, como, por exemplo a sua baixa capacidade de gerar receita própria, estando atrás de municípios como Caruaru (PE) e vários outros. Estas e outras realidades precisam ser enfrentadas pelo poder público e a sociedade em geral. O plano, assim, vai levantar nossa realidade, desvendar problemas e apontar caminhos eficazes de desenvolvimento”, afirmou.
Fonte: Codecom