Cidades podem perder a Transposição

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    Veja que absurdo: Correio percorre 7 cidades que serão beneficiadas com recursos do PAC; exigências não são cumpridas.

    Jornal Correio da Paraíba
    Aline Guedes e Lígia Coeli

    Mesmo com seca, rios são usados como depósitos de lixo.  Mais de 162 mil paraibanos podem ficar sem a água da transposição do rio São Francisco por causa da poluição dos rios. Dos 51 municípios escolhidos para serem contemplados com a obra, apenas 24 conseguiram recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para saneamento básico, critério exigido pelo Ibama. Obras de esgotamento inacabadas, lixo às margens de riachos e açudes inutilizados devido à poluição são cenas comuns no interior do Estado e as prefeituras enfrentam uma verdadeira corrida contra o tempo para atender às exigências para receber as águas do Velho Chico. Uma das situações mais graves é encontrada na própria nascente do rio Taperoá, no município de Desterro, onde o esgoto da cidade é jogado diretamente nas águas.

    A equipe de reportagem do Correio visitou sete dos oito municípios do Cariri e, por quilômetros a perder de vista, viu o mesmo cenário na maioria das cidades: chão rachado e poço verde.

    Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Paraíba atravessa a maior seca dos últimos 20 anos. Mesmo assim, os mananciais são tratados como depósito de lixo. Em muitos trechos, a água dos rios Paraíba e Taperoá não respeitam as propriedades de pureza. Ao invés de inodora, insípida e incolor, é barrenta, suja e com mau cheiro. A água desses rios não é destinada para consumo humano, mas a população a usa para pescar e tomar banho.

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