Com 60% de sua capacidade de água armazenada, o açude da cidade de Serra Branca é paradoxalmente o motivo da revolta de populares que fecharam a BR 412 na manhã desta quinta-feira (24). Eles alegam que passaram cinco dias sem água e o abastecimento só foi retomado após anunciarem o fechamento da rodovia.
A revolta maior dos moradores é porque o antigo sistema adutor da cidade foi desativado e a população vê um manancial cheio às portas de casa e uma falta de água que em alguns bairros já perdura três meses.
Os moradores do bairro do Ahú, Zanucia Ricardo e Marcos Antônio, disseram que nos últimos meses só chegou água na comunidade em alguns dias e assim mesmo de madrugada. Eles cobram uma solução definitiva por parte da Cagepa e do Governo do Estado.
A coordenação regional da Cagepa tentou nas últimas semanas fazer alguns ajustes paliativos a fim de solver o problema em alguns bairros da cidade. O agravante é que alguns bairros acabaram ficando sem água e com os constantes vazamentos da adutora do Congo, falta água constantemente no município. Moradores do Alto da Conceição disseram que o abastecimento nunca era interrompido na comunidade e agora a situação é uma constante.
Moradores do Odonzão também reclamaram da falta de água que já perdurava desde a última sexta-feira (18). Eles também reclamaram da não reativação do açude Serra Branca II.
O bairro do Pilão é outra localidade que passou a ter o abastecimento interrompido com constância. Os moradores estiveram também expôs sua revolta.
Algumas lideranças políticas estiveram presentes ao protesto e apoiaram a iniciativa dos moradores como forma legítima e pacífica de mostrar a realidade vivida pela cidade de Serra Branca. Foi o caso da ex-prefeita Alda Dias e os vereadores Kléber Ribeiro e Paulo Sérgio.
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