O Hospital Pedro I comemora neste mês de maio um ano de municipalização, atingindo a marca de 48,8 mil procedimentos realizados desde que passou a ser administrado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande. Entre os atendimentos está a realização de consultas e cirurgias eletivas em diversas especialidades, além de exames. O hospital atende pacientes de 173 cidades da Paraíba.
Uma das especialidades do hospital é a realização de exames de imagem e outros procedimentos de diagnóstico. Até março deste ano foram realizados 34.610 exames nas áreas de tomografia, ultrassonografia, raio-x, mamografia, ecocardiograma, eletrocardiograma, espirometria e punção aspirativa. Juntos, estes exames representam 71% dos atendimentos realizados no Pedro I desde a municipalização.
Os exames são realizados diariamente, mas nos finais de semanas o atendimento é exclusivo aos moradores da cidade. “Nos sábados e domingos os exames são exclusivos para a população de Campina Grande, como forma de agilizar o atendimento e dar a possibilidade ao cidadão que trabalha durante a semana de ter um horário alternativo para que possa fazer seus exames”, explicou o prefeito Romero Rodrigues.
No mesmo período, também foram realizadas 12.472 consultas eletivas nas especialidades de cardiologia e vascular, cirurgia geral, anestesia, dermatologia, ginecologia, mastologia, neurologia, otorrinolaringologia e urologia.
A municipalização também possibilitou a ampliação do número de cirurgias eletivas, uma antiga reivindicação da população. Desde maio do ano passado, o Hospital Municipal Pedro I realizou 1.771 cirurgias, desde procedimentos simples até a média complexidade. São cirurgias ortopédicas, ginecológicas, neurológicas, cardiológicas, além de cirurgias de hérnia, próstata, de ouvido, nariz e garganta, entre outras.
“São cirurgias que não estavam sendo feitas há anos e que, apesar de não terem caráter de urgência e emergência, poderiam ganhar gravidade e prejudicar ainda mais a saúde dos pacientes devido à demora. Conseguimos mudar essa realidade desde a municipalização”, ponderou a secretária de saúde do Município, Lúcia Derks.
Antes da municipalização, havia uma demanda reprimida de 1,2 mil pacientes na espera por cirurgias eletivas, segundo informou a diretora-geral do Pedro I, Alba Gean. “O paciente não tinha para onde recorrer quando precisava de uma cirurgia eletiva, e estamos conseguindo atender a demanda, que é crescente, porque recebemos pacientes de várias partes do estado”, afirmou.
A média no Pedro I é de quase 150 cirurgias por mês. Para que se tenha uma idéia, em janeiro do ano passado, antes da municipalização, a unidade realizou apenas 36 cirurgias.
MUNICIPALIZAÇÃO
A Secretaria Municipal de Saúde assumiu a administração do Pedro I em abril de 2013, mas os serviços começaram a funcionar em maio. Inicialmente, o Município passou a administrar os serviços através de um contrato de comodato. Em junho do ano passado, o prefeito Romero Rodrigues desapropriou o imóvel do hospital, que passou a integrar o patrimônio do Município.
Foram investidos R$ 13 milhões na aquisição do hospital, além de outros investimentos realizados em reformas e na aquisição de equipamentos, a exemplo de um novo tomógrafo, ao custo de R$ 755 mil, e outros aparelhos para exames.