O Presidente do Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Campina Grande, Antônio Hermano, classificou de “mal entendido” a interpretação dada por um órgão de imprensa, que veiculou, em manchete, que “Sem dinheiro, Ipsem vai vender shopping popular”.
Para ele, além de uma inverdade, já que o Ipsem não está de cofres vazios e, para tanto, recorrendo à venda de seus ativos para fazer caixa, existe um projeto que preconiza a comercialização, a longo prazo, para os próprios permissionários (comerciantes) dos boxes do Shopping Popular Edson Diniz.
“Este projeto visa a criação de um fundo para enfrentamento de crises no sistema público de previdência. Por conta da atual situação econômica do país, já estamos pensando em alternativas que possam garantir a estabilidade financeira do Instituto, caso essa crise se prolongue. É uma questão de prevenção, apenas”, acentuou Antônio Hermano, ratificando que existe apenas um estudo sobre a viabilidade da venda do Shopping Popular e que, para sua concretização, o projeto terá, necessariamente, que ser apreciado e aprovado pela Câmara Municipal.
Para Antônio Hermano, houve um completo desvirtuamento do que está sendo proposto, gerando anseios negativos sobre tal iniciativa, algo, segundo ele, “capcioso, que não coaduna com a realidade”.
“O Instituto não está precisando de dinheiro, não vamos privatizar nada, nem precisamos de tal ação. Desde 2013, o Ipsem cumpre com suas responsabilidades para com os aposentados e pensionistas ativos e inativos do município. Estamos pensando no futuro e estudando meios que nos livre de maiores problemas que, consequentemente, poderemos enfrentar por conta da atual situação critica que o país atravessa”, enfatizou.
Hermano falou ainda sobre a eventual forma de comercialização dos boxes, que serão, caso o projeto venha a ser aplicado no futuro, vendidos aos próprios permissionários (comerciantes).
“Se, no futuro, este projeto seja conveniente, vamos executá-lo diretamente com os próprios comerciantes, dando-lhes, assim, o tratamento que devemos dar. Ou seja, sempre tivemos e continuaremos tendo respeito pelos comerciantes instalados no Shopping. Além disso, todo o dinheiro arrecadado será depositado em um fundo, que garantirá maior tranquilidade aos aposentados e pensionistas da PMCG, mesmo diante das turbulências que se pronunciam nacionalmente”, finalizou.
Atualmente, o Instituto de Previdência do Servidor Municipal de Campina Grande conta com uma reserva de R$ 25 milhões, os quais poderão ser utilizados, a longo prazo, em caso de uma eventual necessidade. Isso, segundo Hermano, demonstra que não existe crise no Ipsem e que a possível venda do Shopping Popular é tão somente um estudo preliminar, vislumbrando o futuro do sistema previdenciário municipal.
Fonte: Codecom