Prefeito anuncia grande mobilização política por solução à crise hídrica

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    Diante de um auditório completamente lotado, nesta quarta-feira, 05, no Teatro da Facisa, o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), concedeu entrevista coletiva à imprensa para anunciar as primeiras ações do seu novo mandato.

    Como maior destaque, anunciou o comunicado à Câmara de Vereadores de que está renunciando a qualquer reajuste do próprio salário em 2017 e que define como prioridade total neste momento uma grande mobilização política em prol de uma solução emergencial para a crise hídrica de Campina Grande.

    Mesmo legalmente sendo iniciado em 1º de janeiro de 2017, o novo governo, segundo Romero Rodrigues, já vai apresentar e executar as medidas agora, para que o efeito possa aparecer o mais imediato possível.

    Ao lado da deputada estadual Daniella Ribeiro (PP), que representou o vice-prefeito eleito Enivaldo Ribeiro (PP), dos deputados estaduais Tovar (PSDB), Guilherme Almeida (PSC) e Manoel Ludgério (PSD), que tirou licença da Assembleia para assumir a Chefia de Gabinete da Prefeitura, e do vereador-presidente Pimentel Filho (PSD), Romero respondeu a várias perguntas sobre diferentes temas.

    Crise hídrica

    Entre os destaques, após lamentar a articulação do governador junto ao governo federal em 2015 para retirar do orçamento da Secretaria Municipal de Saúde quase R$ 1,5 milhão, o prefeito reeleito anunciou a ideia de criar uma comissão específica para discutir a pactuarão da Saúde no estado.

    Em relação à crise hídrica, Romero quer estabelecer outra comissão permanente, dessa vez juntando entidades de classe, Câmara Municipal, Assembleia Legislativa, CDL, ACCG, Fiep, Clubes de Mães, UCES e a imprensa.

    O intuito é realizar um intenso monitoramento da questão da falta de água em Campina.

    “Eu não quis polemizar sobre esse assunto nas eleições, mas agora vamos criar uma comissão para cobrar do governo estadual e do governo federal. Porque o que depende da Prefeitura nós estamos fazendo. O que depende dos outros nós vamos cobrar, agora com mais intensidade”, pontuou.

    Para complementar: “Vou solicitar formalmente uma audiência com o governador para pedir que ele apresente um “Plano B”, já que é o estado o responsável por gerenciar o abastecimento de água”.

    Em outra frente, Romero revelou que já solicitou ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a articulação junto aos senadores e deputados federais paraibanos de uma audiência com o presidente da República, Michel Temer, para tratar dessa pauta.

    “Campina precisa saber quando a água da transposição do Rio São Francisco vai chegar em Monteiro, compreendendo que, infelizmente, o governo estadual não fez seu dever de casa de preparar o caminho de Monteiro até Boqueirão”, disse.

    Reajuste salarial

    Questionado sobre a situação econômica da cidade, o prefeito Romero Rodrigues voltou a lamentar que a profunda crise pela qual passa o país permaneça atingindo diretamente os municípios.

    Ele relembrou que, devido às quedas nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e no recolhimento dos impostos, o orçamento para 2017 está menos do que o desse ano.

    O gestor foi firme ao anunciar que deve manter o corte de 40% no seu próprio salário e no do vice, e comunicou que está rejeitando qualquer tipo de reajuste salarial para o próximo ano.

    “Aqui, diante de praticamente todo o antigo e o novo parlamento, eu quero anunciar que estou abrindo mão do reajuste salarial. Reajuste que está previsto em lei, na passagem de uma legislatura para outra. O que nós precisamos é continuar com a máquina enxuta. É por isso que nós estamos tomando essa decisão”, afirmou Romero.