A Secretaria de Saúde de Campina Grande (SMS) divulgou o segundo Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa).
O índice chegou a 4,9%, dado referente às casas que apresentaram larvas do mosquito.
Do total de imóveis visitados, 94,4% dos criadouros estão em tonéis, cisternas e caixas d’água nas residências, isso em função do armazenamento de água devido ao racionamento que a cidade está enfrentando.
Segundo o Ministério da Saúde, 340 municípios brasileiros apresentaram índice superior a 3,9%, classificados como de risco.
A Gerência de Vigilância Ambiental e Zoonoses iniciou na semana passada um trabalho de fechamento de reservatórios na zona rural dos distritos de Galante e São José da Mata.
“Estamos vivendo dois períodos perigosos para a proliferação da dengue, que é o racionamento, o qual força as pessoas a armazenarem água e acaba criando ambientes favoráveis ao desenvolvimento dos focos, e o início do período chuvoso”, disse a gerente Rossandra Oliveira.
O trabalho para o levantamento foi realizado entre os dias 2 e 6 de março, e os Agentes de Combate às Endemias visitaram 6.959 imóveis nos 51 bairros da cidade.
Entre os bairros com maiores índices de infestação estão Liberdade (10,0), São José (10,0), Bodocongó (7,3), Novo Bodocongó (7,3) e Serrotão (7,3). Os menores índices foram registrados no Centro e no bairro da Prata, ambos com (0,4).
Além do levantamento, os Agentes de Vigilância Ambiental atuam constantemente nas ações de conscientização dos moradores e orientações sobre como prevenir a doença com iniciativas simples, como a de manter os quintais e terrenos baldios limpos.
Também foi feito treinamento com as equipes para combater o transmissor da Febre Chikugunya, uma doença muito mais agressiva e letal.
Campina Grande não registrou nenhum caso da febre.
Nos dois primeiros meses de 2015 foram notificados 22 casos suspeitos da dengue com duas confirmações na cidade, de acordo com os registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan.
No ano passado, os casos de dengue reduziram 75% caindo de 1.350 em 2013 para 400 em 2014.
A SMS realizou em 2014 cobertura em 100% do território municipal, atingindo também a zona rural com assentamentos de difícil acesso.
Foram realizadas as ações de peixamento em cisternas, limpeza de espaços propícios à proliferação, campanhas educativas, dia D, quase 500 procedimentos de borrifação em ambientes fechados e recolhimento de 2.596 pneus que poderiam abrigar as larvas do mosquito da dengue.
“Estamos reforçando este trabalho agora neste novo ano porque iniciamos o primeiro semestre com muitas condições de perigo para infestação do mosquito”, disse Rossandra.
DISQUE DENGUE – O Canal funciona como uma ponte entre a comunidade e a Vigilância Ambiental. Por meio dos telefones 3310-7062 e 3322-5760, o cidadão pode informar locais com focos de dengue, imóveis fechados, fazer denúncias, entre outros problemas para ajudar a combater o mosquito.
Fonte: Codecom