Festa movimentou 450 artistas, atraiu dois milhões de turistas e gerou milhares de empregos
Em 2015, Campina Grande ensinou ao Brasil que crises nas esferas de segurança, hídrica e econômica podem ser enfrentadas com trabalho, criatividade e alegria. Isto porque, em meio às lamentações por parte de alguns setores da sociedade, a cidade realizou com pleno sucesso aquele que já é consagrado como um dos três maiores eventos turísticos do Brasil: o Maior São João do Mundo.
A avaliação positiva é do secretário de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande, Luiz Alberto Leite. De acordo com ele, a cidade recebeu, em 2015, o maior fluxo turístico da sua história, num movimento que suplantou todas as expectativas dos organizadores do evento. Ele destacou que a visão positiva do evento é compartilhada por importantes instituições da cidade, a exemplo da CDL e da Associação Comercial, cujas diretorias reconhecem o êxito da edição deste ano.
“Para se ter uma ideia disso, a estimativa inicial era de que Campina Grande fosse receber 1,2 milhão de visitantes, mas, segundo a própria imprensa nacional, a cidade teve a visita, durante os trinta dias da festa, de aproximadamente 2 milhões de pessoas, oriundas das mais distantes regiões do país. Todo este público ocasionou efeitos benéficos para a cidade sob o ponto de vista econômico, gerando-se, por exemplo, a lotação de hotéis, bares e restaurantes”, garantiu.
O fluxo turístico intenso é justificado por diversos fatores, pois além da tradição da festa, que conta com mais de trinta anos de história, quem veio participar dos festejos juninos em Campina contou com atrativos e programações em todos os recantos da cidade, como casas de shows, distritos (São José da Mata e Galante), Vila do Artesão e Parque do Povo.
Só no Parque do Povo, o famoso “quartel general do forró”, o público foi animado por 450 artistas, bandas ou trios que se apresentaram no palco principal, pirâmide e ilhas de forró. Estima-se que na parte superior da principal área de lazer da cidade, o público médio foi entre 60 a 80 mil pessoas por dia.
A coordenação do evento realizou também mudanças no layout do evento, como, por exemplo, aumentar e melhorar a sonorização das ilhas de forró; resgate da tradição do pau de sebo; implantação do “cine capitólio”; melhorias na estrutura de água e esgoto com a perfuração de um poço artesiano para não comprometer o abastecimento de água, além de um conjunto de ações que atraiu mais visitantes a parte inferior do Parque do Povo.
Foram instaladas, ainda, no Parque do Povo, 232 barracas, entre elas 22 restaurantes e 60 quiosques. Atuaram também no entorno da área da festa 165 ambulantes de bebidas, 60 ambulantes de diversos segmentos (vendedores de pipocas, milho, maça do amor e outros produtos). A média de mão de obra ocupada por barraca foi de quatro trabalhadores, gerando-se, no mínimo, quase mil oportunidades diretas de trabalho durante os trinta dias de festas apenas na área principal do evento.
Numa espoca de crise, mas também de inovação, o Maior São João do Mundo deste ano ficará marcado pela realização de eventos originais em sua programação, com destaque, entre outros, para a Cãodrilha, realizada na pirâmide do Parque do Povo, reunindo mil animais. A iniciativa congregou muitas famílias e pessoas das mais diversas faixas etárias, culminando com uma amimada festa de forró infantil.
Como demonstração de que a festa deste ano superou todas as expectativas é o fato de alguns setores da cidade comemorarem o registro de uma movimentação jamais vista em anos anteriores. Este foi, por exemplo, o caso da Vila do Artesão, cujo movimento, superou 80% o número de visitantes se comparado a 2014.
Os artesãos festejaram a quantidade de visitantes que passou pelo local e o aumento nos lucros obtidos por cada chalé. Em média, a visitação ficou em torno de duas mil pessoas por dia, contabilizando aproximadamente entre 25 e 40 mil pessoas que passaram pela Vila do Artesão ao longo dos 30 dias do Maior São João do Mundo. De acordo com a direção do local, o grande fluxo de turistas se deu por causa da programação especial que se iniciava as quartas-feiras e era estendida até os domingos.
A programação contou com a presença de cantores como Amazan, Ton Oliveira, Niedson Lua e as bandas Forró Gente Boa e Jeito Nordestino, artistas que juntos somaram mais de 60 horas de apresentações da autêntica música nordestina. Apresentaram-se mais de 15 quadrilhas juninas de Campina Grande e de outras cidades vizinhas que contribuíram para abrilhantar os festejos.
Fonte: Codecom