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Dois dias na geladeira do IML e sírio vítima do terremoto “acorda” no funeral

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Casos de milagres em grandes catástrofes, como os terremotos, quando pessoas são achadas vivas depois de vários dias sob os escombros, sempre surgem e emocionam o mundo. No entanto, o que ocorreu com Ahmed al-Maghribi, um sírio que vive na cidade de Atarib, próxima da fronteira com a Turquia, após o brutal cismo da madrugada de 6 de fevereiro, que já deixou mais de 45 mil mortos nos dois países, é algo surreal. Quem reporta essa história é o diário britânico Daily Star.

Ahmed ficou vários dias soterrado pelo concreto da casa onde vivia e então seu “corpo” foi encontrado pelas equipes de resgate. Chamado várias vezes sem que respondesse, frio e sem pulsação, ele foi declarado morto e foi reconhecido por familiares. Sendo apenas mais uma vítima em meio ao imenso número de óbitos causado pelo terremoto, o homem foi enviado para o necrotério e lá permaneceu por dois dias, dentro de uma geladeira e num saco de cadáveres preto, aguardando as deliberações para seu funeral

Quando o cortejo com seus entes e amigos já se dirigia ao cemitério, eis que a bolsa onde estava seu “corpo” começa a se mexer e todos ficam perplexos e chocados. Ahmed estava vivo, confuso e passou a fazer movimentos com os braços e com as pernas. Em meio à assustadora surpresa, ele foi levado ao hospital e deu entrada no serviço de emergência.

Como a precariedade do atendimento e das internações é muito grande naquela área, fica difícil saber o que de fato se passou com Ahmed, mas alguns médicos disseram à mídia local que ele poderia estar com uma condição em que a pulsação estava muito fraca e de difícil detecção. Houve ainda quem apostasse num quadro de catalepsia, condição em que a pessoa fica completamente incapacitada de mover os braços, pernas, pescoço e cabeça e que em muitas ocasiões afeta até mesmo a respiração, sendo confundida com a morte se quem faz a checagem do paciente não tiver experiência e estiver desatento.

Fonte: Revista Forum

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