Em entrevista à Marie Claire, o pai do cantor Gabriel Diniz, Cizinato Diniz, comentou nesta terça-feira (26) sobre diversos assuntos na véspera do dia 27 de maio, data da morte do artista.
O relógio marcava pouco mais de meio dia em 27 de maio de 2019 quando Cizinato recebeu uma mensagem no WhastApp que mudaria sua vida. Ele estava em uma praia a 40 minutos de Maceió (Alagoas) para comemorar o aniversário da nora, Karoline Calheiros, quando um dos músicos que trabalhavam com o filho o procurou. “Ele nunca tinha falado comigo. Nesse dia falou pela primeira vez, me perguntou se estava ‘tudo bem’ com o o Gabriel”, lembra o empresário. “Me mostrou fotos que estavam aparecendo na TV do passaporte do Gabriel. Neste momento, percebi que tinha acontecido alguma coisa grave”, conta ele.
O monomotor que levava o cantor ao encontro da família e da namorada caiu horas antes em Estância, no sul de Sergipe, causando a morte do artista, do piloto Abraão Farias e do copiloto Linaldo Xavier Rodrigues. “Voltamos para o apartamento da Karol. Mas a ficha que ele tinha morrido só caiu umas 16h. Uma pessoa me mandou a foto do Gabriel na margem do rio, foi muito forte ver essa imagem”, lamenta. “O pior dia da minha vida. Não senti nada igual até hoje”.
À véspera de completar um ano da morte do filho, que se tornou fenômeno com a música Jenifer, Cizinato conversou com Marie Claire e contou como tem sido a vida desde então. Ana Maria Diniz, mãe do cantor, ainda prefere não ver as homenagens feitas ao filho. “Ela não consegue ver vídeos, áudios, não assistiu à live que fizemos pra ele. Ela evita, é muito emotiva. Se começa a chorar, demora pra parar”, diz ele.
Um ano
O primeiro aniversário de morte do cantor os pais passarão recolhidos em casa, em João Pessoa, Paraíba. “Agora é ainda mais complicado, temos a certeza que o Gabriel morreu. Sempre tinha a ideia que ele estava viajando. Não que a gente se iludia, mas fica mais claro que realmente é fato e isso entristece a gente”, desabafa.
“Nos três primeiros meses eu fiquei meio desligado, sendo muito racional, e minha mulher o contrário. Passado esse período algumas coisas se afloraram mais pra mim. Minha esposa sempre foi emotiva, ela tinha uma ligação muito forte com ele”, lembra Cizinato. “Passei o ano todo dando suporte a ela. Mas no final das contas sentindo cada vez mais a falta e a admiração aumenta porque ele era extraordinário”, derrete-se o pai.
Os objetos pessoais de Gabriel continuam guardados pela família em casa e no escritório. “O quarto ficou montado do jeito que estava”, diz Cizinato.
No dia do acidente, as joias que o cantor carregava consigo desapareceram. Até hoje nada foi recuperado. “Tinha um crucifixo que eu dei pra ele e tinha alguns anéis, joias bacanas que era o estilo dele”, diz o empresário.
Os pais do cantor mantêm até hoje uma relação próxima com Karoline, com quem Gabriel fazia planos de casamento. Passado o 27 de maio, dia do aniversário da psicóloga, ela irá a Paraíba visitar os ex-sogros. “Ela vem passar uma semana aqui. É uma filha querida pra gente”, afirma ele.
Fonte: Portal WSCOM com Marie Claire