Parque do Povo celebra diversidade da gastronomia nordestina

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    comida_pq_povoUma grande festa junina combina apenas com alimentos feitos à base de milho? A resposta pode ser não, caso você esteja no Parque do Povo. Nas principais ruas e avenidas do chamado Quartel General do Forró, turistas e campinenses têm à sua disposição um vasto cardápio da culinária nordestina. Do milho ao acarajé, passando pela buchada e variedades de carnes e temperos, é possível comer bem em Campina Grande durante os trinta dias da festividade.

    Que o diga o campinense Marcos Vieira Lima e sua família, que sempre costumam dar uma passadinha nas barracas que comercializam o acarajé, comida típica do estado da Bahia. “Sempre que estamos no Parque do Povo passamos por aqui para comer acarajé. É que alimentos como a pamonha e a canjica, feitos com o milho, são comuns para nós, que moramos em Campina Grande. Mas, o acarajé é diferente. Nem sempre temos um bom acarajé à nossa disposição”, explicou.

    Os elogios de Marcos Lima também foram direcionados à baiana Maria de Lourdes da Silva, 62 anos de idade e há quase 25 anos vendedora de acarajé durante os trinta dias do Maior São João do Mundo. “Eu e outras amigas somos de Juazeiro da Bahia. Todos os anos alugamos casa em Campina Grande para vender acarajé e outros alimentos no São João. É uma boa época e conseguimos vender bem”, disse. Maria revelou que costuma vender até 100 acarajés por noite, cada um ao preço de R$ 7.

    Os que preferem um produto menos apimentado têm a opção das frutas e sorvetes. Há dois anos João de Assis investiu cerca de R$ 3 mil numa máquina de fabricar sorvetes. O negócio foi bem e ele decidiu comercializar o produto no Parque do Povo. Os clientes podem escolher entre três sabores (uva, morango ou menta) vendidos no copinho ou casquinho, e pagar apenas R$ 2. João garante que nem mesmo o friozinho das noites campinenses consegue afastar a freguesia. “Estou muito satisfeito com o negócio e não o troco pela volta ao antigo emprego”, garante.

    Quem também não reclama das vendas é Paulo Roberto, que comercializa maçãs do amor, uvas, morangos e cerejas vendidos no espetinho e cobertos com caldas de caramelo ou chocolate. “Estou no Parque do Povo há 15 anos e vendo bastante todas as noites. Tenho até uma clientela certa, a maioria de jovens”, disse. Um espetinho de fruta custa R$ 2, mas o cliente também pode levar três ao preço promocional de R$ 5. Ele afirma que, por noite, vende até 200 maçãs do amor e entre 70 e 80 espetinhos.

    Já a comerciante Aline Irla decidiu investir nos churrasquinhos (carne e frango), que custam a partir de R$ 3. O produto, popularmente conhecido como “churrasco de gato”, faz sucesso, especialmente para os forrozeiros que não têm o hábito de frequentar barracas ou pavilhões, preferindo beber uma cerveja gelada no meio da rua mesmo. “Além dos churrasquinhos, os salgados também são muito bem vendidos e custam R$ 2. Em média, vendo uns 200 salgados por noite e até 300 churrasquinhos”, declarou Aline.

    Se, porém, a fome dos forrozeiros for pelo milho cozido ou assado, pamonha ou canjica, não há problema. A diversidade gastronômica no Quartel General do Forró garante sons e sabores para todos os gostos e por falta de variadas opções é que ninguém vai para o arrasta-pé de barriga vazia.

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