Um dia após as fortes chuvas ocorridas em Campina Grande, equipes da Defesa Civil retornaram nesta segunda-feira, 14, à invasão do Distrito dos Mecânicos, local mais atingido pelas águas, para vistoriar a área e confirmar que as 14 famílias desabrigadas deverão ser incluídas no programa “Aluguel Social”, no qual a Prefeitura Municipal se responsabiliza pelo pagamento do aluguel de imóveis para moradores que residem em áreas de risco.
Por enquanto, as famílias estão no prédio do Restaurante Popular, do Distrito dos Mecânicos, recebendo apoio das secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social (Semas). A Defesa Civil emitirá nesta terça-feira, 15, o laudo final sobre a situação dessas moradias construídas irregularmente no Distrito dos Mecânicos.
Segundo o coordenador da Defesa Civil, Ruiter Sansão, os imóveis ocupados por essas famílias não poderão ser habitados por haver riscos de desabamento. Recentemente, a Semas havia realizado o cadastramento de quinze famílias daquela localidade para participar do “Aluguel Social”, sendo que apenas uma aceitou participar do programa. A PMCG pretende inserir essas famílias em programas habitacionais do município, a exemplo dos imóveis do Complexo Aluízio Campos.
Ruiter Sansão informou que um mapeamento da Defesa Civil confirma a existência de 22 áreas de risco no município, sendo que apenas a Invasão do Distrito dos Mecânicos foi atingida com as fortes chuvas registradas no último domingo, 13. “A Defesa Civil desenvolve, permanentemente, uma ação preventiva nessas áreas de risco, sendo que, em períodos de chuvas, ficamos mais em alerta”, declarou Ruiter.
Entre essas áreas de risco estão a invasão da Catingueira, Rosa Mística, Vila dos Teimosos, uma localidade conhecida como Grotão do Catolé, Vila da FAP, Rua São Gonçalo, Mutirão do Serrotão e invasão da Catingueira.
PARCERIA – Ruiter Sansão destacou a parceria mantida entre a Defesa Civil, Semas, secretarias de Saúde e de Obras do Município na assistência às 14 famílias desabrigadas. “Foi muito importante o trabalho de parceria entre a Defesa Civil e demais secretarias no atendimento a essas famílias. Além do trabalho da Defesa Civil, a Semas ofereceu assistência social aos desabrigados, enquanto as equipes de saúde iniciaram um trabalho de vacinação”, disse.
O secretário executivo de Assistência Social e coordenador do Programa Fome Zero, Rubens Nascimento, afirmou que, além da entrega de alimentos, medicamentos, vacinas, roupas e colchonetes, equipes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) foram enviadas ao local, onde estão os desabrigados, para fazer um levantamento e saber quais representantes dessas famílias poderão ser cadastrados no NIS (Número de Identificação Social). O NIS é atribuído às pessoas que não possuem cadastro no PIS e que poderão ser beneficiadas com o programa Bolsa Família.