Dia Nacional de Combate ao Fumo

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    Nesta quarta-feira, 29, FOI celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Para marcar a data, a Unidade Básica de Saúde Raiff Ramalho, no bairro do Jardim Paulistano, abriu as inscrições para novos participantes. A UBS tem um trabalho premiado no acompanhamento de fumantes que querem deixar o cigarro.

    A terapia auricular, ou acupuntura auricular, é utilizada com os fumantes dos Grupos de Tabagismo e tem se destacado em todo o país. O trabalho desenvolvido pela médica Paula Falcão já foi aplicado em mais de dez grupos em unidades da Bela Vista, Major Veneziano, Três Irmãs, Cruzeiro e Jardim Paulistano. Este ano o grupo contemplado com a acupuntura é o da UBS Raiff Ramalho que foi onde a atividade começou.

    Após as sessões com agulhadas em pontos específicos da orelha, os pacientes ficam mais relaxados, diminuem a tensão por não estarem fumando e fazem um tratamento alternativo antes mesmo da ingestão de medicamentos. O projeto foi premiado no 13º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e foi apresentado no Congresso Internacional de Medicina da Família, o World Conference of Family Doctors (WONCA).

    As pessoas interessadas devem procurar a UBS, que fica na Avenida Almirante Barroso, para fazer o cadastramento. As reuniões do grupo acontecem uma vez por semana no período da tarde.

    “O Ministério da Saúde tem um protocolo a ser seguido em que os intervalos dos encontros vão aumentando gradativamente, mas nós optamos por manter os encontros semanais durante todo o ano, o que tem aumentado a eficiência do nosso trabalho”, explicou Paula Falcão.

    Outras 34 unidades também têm Grupos de Tabagismo. Alguns funcionam no período da noite para possibilitar que os trabalhadores tenham acesso.

    O Programa de Controle do Tabagismo de Campina Grande completou dez anos de funcionamento no fim de 2016 e neste período pouco mais de 80% dos participantes já pararam de fumar. O Ministério da Saúde entende que pelo menos 30% dos participantes precisam parar de fumar.

    Dos 2.655 inscritos, 2.251 largaram o vício. Os fumantes se reúnem com equipes multidisciplinares de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais, além de outros fumantes.

    Ao longo de um ano eles conversam, trocam experiências, recebem orientação médica e medicamentos para deixar o cigarro, a exemplo do adesivo utilizado para diminuir a vontade de fumar e antidepressivos. O programa atende pessoas a partir dos 18 anos de idade. Os grupos são formados com 15 a 20 pessoas.

    Os números mostram que as mulheres têm procurado mais a ajuda para parar de fumar. Mais de dois terços das pessoas que se inscreveram nos grupos de 2007 a 2016 são do sexo feminino e pouco mais de 30% são homens. “Percebemos que a maioria dos fumantes interessados em largar o vício é de mulheres porque culturalmente elas sempre cuidam mais da saúde, mas também temos um bom número de homens e isto é importante”, disse a coordenadora do Programa, Maria Gentil Montenegro.

    De 2007 a 2014 a média de inscritos no programa girava em torno de 170 pessoas por ano. Em 2015 subiu para 525 e em 2016 chegou a 704.

    “O crescimento da procura nós atribuímos ao aumento da informação das pessoas sobre os malefícios do tabaco, à mudança de estilo de vida dos cidadãos, que passaram a se preocupar mais com a saúde, com a adoção de hábitos saudáveis, da prática de exercícios físicos regularmente, da dieta balanceada, e também atribuímos ao conhecimento dos resultados do nosso programa”, frisou Gentil.

    O principal problema causado pelo cigarro é o câncer de pulmão. Em Campina Grande os números de mortes por esse tipo de câncer vêm diminuindo. Em 2013 foram 53 e no ano seguinte 33. Já em 2015 foram 35 e nos últimos dois anos tem se mantido em 40 óbitos. Outras consequências são as doenças cardiovasculares.

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