As demandas da saúde pública de Campina Grande foram discutidas numa audiência realizada na noite desta quarta-feira, 23, com a participação do ministro da saúde, Alexandre Padilha, em Brasília (DF). Acompanhadas do senador Cássio Cunha Lima, a secretária municipal de saúde, Lúcia Derks, e a primeira-dama, Micheline Rodrigues, levaram ao ministro as questões relacionadas ao funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Município. O ponto principal da pauta foi o aumento do teto dos incentivos repassados pelo Governo Federal para custeio da saúde campinense, que deverá passar por um aumento.
No encontro, a secretária explicou que Campina Grande é referência na assistência em saúde para 173 municípios paraibanos, por isso, seria preciso rever o teto financeiro do SUS para o município. Outro ponto levantado foi o crescimento da demanda de procedimento de oncologia no município, após o mês de maio, quando entrou em vigor a lei que garante o início do tratamento para pacientes com câncer no prazo máximo de até sessenta dias.
“Com a nova lei, a média de cirurgias oncológicas realizadas no Hospital da FAP passou de nove para 106. O panorama da saúde mudou também com a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que recebe incentivos da ordem de R$ 250 mil por mês, do Ministério da Saúde, mas a prefeitura precisa complementar o custeio do serviço com R$ 1 milhão, através de recursos próprios”, informou Lúcia.
Segundo a secretária, após ouvir das reivindicações, Alexandre Padilha mostrou compreensão com as questões apresentadas e garantiu o aumento do teto para a assistência de média e alta complexidade, em especial para os serviços de hemodiálise e oncologia. O ministro também elogiou a iniciativa da prefeitura em municipalizar o Hospital Pedro I para solucionar o déficit de cirurgias eletivas, procedimentos que também terão aumento gradativo no teto financeiro.
“Campina sofreu uma redução no teto das cirurgias eletivas porque, no ano passado, não foram feitos nem 5% dos procedimentos, mas agora estamos mudando essa realidade vamos e avançar ainda mais com a garantia dos recursos”, comemorou.
A diretora de planejamento e regulação da Secretaria Municipal de Saúde, Luzia Marinho Pinto, que também participou da audiência, esclareceu que os novos valores para o teto financeiro do SUS no município deverão ser definidos pelo Ministério da Saúde após o envio da documentação solicitada pela equipe técnica da pasta. O prefeito Romero Rodrigues não pôde comparecer à reunião devido à intensa agenda de inaugurações do mês de aniversário de Campina Grande, que completou 149 anos no último dia 11.