A Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campina Grande realiza neste sábado, 17, uma mobilização no Parque da Criança para marcar as comemorações do Dia Nacional de Luta Antimanicomial. O evento começa a partir das 8h com uma caminhada e a expectativa da organização é reunir cerca de 500 pessoas, entre usuários, familiares de usuários e profissionais Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Rede de Saúde Mental do Município.
O objetivo da mobilização é conscientizar a comunidade sobre a importância do trabalho desenvolvido pelos Caps na adoção de tratamento digno aos portadores de doenças mentais ou dependentes químicos. “Vamos passar para a sociedade o que significa o sistema de saúde mental que substituiu os antigos manicômios, que, com a reforma psiquiátrica, foram substituídos pelos Caps e as Residências Terapêuticas”, informou a secretária executiva de saúde do Município, Eudézia Damaceno.
Oficialmente, 18 de maio é o dia nacional de luta antimanicomial. Mas, a programação foi antecipada para o sábado em Campina Grande, visando promover uma maior participação da comunidade. Além da caminhada, haverá ainda a realização de apresentações culturais com a participação dos usuários dos Caps e ações de esporte e saúde em conjunto com a equipe do programa “Mexe, Campina”.
“O dia de luta antimanicomial é importante para lembrar de que devemos continuar trabalhando para deixar no passado um modelo de tratamento psiquiátrico excludente, que isolava os pacientes. Nossa meta agora é integrar”, explicou a coordenadora de saúde mental do Município, Elizabeth Ludgério.
Serviços – Atualmente, cerca de seis mil pessoas são atendidas pela Rede de Atenção Psicossocial em Campina Grande. No ano passado, a PMCG instalou o Caps AD III Infanto Juvenil, ampliando para oito o número desses centros na cidade. O novo serviço, que funciona no bairro do Alto Branco, é voltado para atenção às crianças e adolescentes usuários de crack, álcool e outras drogas.
Para o atendimento aos adultos com transtornos mentais leves e crônicos e dependentes de álcool e outras drogas existe o Centro de Convivência Terapêutica. Também integram a rede de serviços seis Residências Terapêuticas, que são os locais onde vivem os pacientes com histórico de longas internações psiquiátricas ou que foram abandonados pela família.