Prefeitura realiza mutirão para diagnosticar problemas em crianças com microcefalia

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    diagnostico_microcefalicoCrianças que nascem com microcefalia e outras atrofias neurológicas provocadas pela síndrome da zika congênita podem apresentar complicações que atrasam o desenvolvimento, além de problemas de visão e audição. Para diagnosticar precocemente estas alterações, a Prefeitura de Campina Grande está realizando mutirões de exames e consultas especializadas no Hospital Municipal Pedro I. No sábado, 30, foram realizados exames para avaliar o grau de perda auditiva dos bebês atendidos na unidade.

    Durante todo o dia, dezesseis bebês foram submetidos ao Exame do Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, mais conhecido como BERA. O procedimento é feito com um aparelho que tem a finalidade de determinar se existe ou não perda auditiva e precisar seu tipo e grau.  O exame está sendo feito nas crianças que que já apresentaram alguma alteração diagnosticada no teste da orelhinha – que é uma avaliação preliminar realizada nas primeiras semanas de vida.

    O médico André Pinto, que coordena a equipe que está realizando o BERA nas crianças, explicou que o exame vai ajudar a estabelecer o tratamento mais adequada para cada criança com perda auditiva confirmada, que pode ser desde de intervenções cirúrgicas ou uso de próteses auditivas.

    “Este exame nos dá o diagonóstico final se a via auditiva da criança é normal ou não. A partir daí a gente vai seguir o protocolo para definir qual será o melhor acompanhamento para esta criança”, acentuou.

    De acordo com a secretária municipal de saúde, Luzia Pinto, 45% dos bebês acompanhadas no ambulatório especializado em microcefalia do Hospital Pedro I apresentam alterações auditivas no teste da orelhinha. Segundo ela, por isso, uma nova rodada de exames com o BERA será feita no próximo sábado, 07. “Além do BERA, os bebês também estão passando por avaliações oftalmológicas e neurológicas para que a equipe multidisciplinar do serviço possa trabalhar as linhas de cuidados para estas crianças “, esclareceu.

    Criado em novembro de 2015, o ambulatório para acompanhamento das crianças com alterações neurológicas provocadas pela síndrome da zika congênita do Pedro I se tornou referência no cuidado integral e humanizado aos bebês. O serviço pioneiro já acompanha cerca de 60 crianças de diversos municípios paraibanos. No hospital elas fazem fisioterapia, exames de imagens, como tomografia e ultrassonografia, além de consultas médicas especializadas. A unidade ainda disponibiliza assistente social e psicóloga para apoios às mães e aos familiares.

    Fonte: Codecom

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