SUS oferta mais unidades de cuidados prolongados

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    Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a partir deste ano, terão acesso a um novo tipo de equipamento público: as Unidades de Internação em Cuidados Prolongados (UCP) e Hospitais Especializados em Cuidados Prolongados (HCP) – destinados ao acompanhamento de pacientes com quadro clínico estável, mas que necessitam de permanecer internados por mais tempo. O objetivo é estimular a rápida recuperação e a humanização do atendimento.

    Nesses espaços serão atendidos, por exemplo, pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumas (agressões, quedas, acidentes), úlceras e portadores de sonda. Embora esse serviço já exista a partir da iniciativa de alguns municípios ou estados, agora os hospitais poderão se habilitar para prestar esse serviço. Ou se especializarem nesse tipo de atendimento – que é intermediário – entre a entrada do paciente na urgência e emergência do hospital e o retorno para o seu domicílio. “Trata-se de uma estratégia prioritária para a implementação das redes de atenção à saúde, especialmente a rede de urgências e emergências”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

    Recursos – Para garantir a ação, o Ministério da Saúde assegura recursos para o credenciamento de unidades de saúde que decidam instalar unidades de cuidados prolongados. Até o momento, já estão pactuados, nos Planos de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e Emergências, 1.355 leitos de cuidados prolongados. Além de R$ 13,5 milhões em investimento, serão necessários R$ 75,6 milhões para o custeio por ano, totalizando recursos da ordem de R$ 89,1 milhões em 2013.

    A criação das UCP será organizada em hospitais gerais com 50 leitos ou mais. Para elas, devem ser reservados 15 a 25 leitos para o atendimento com foco na reabilitação. Outra forma de organização será a habilitação de HCP.

    As UCP e os HCP deverão oferecer serviços e cuidados intermediários entre o atendimento realizado no hospital quando o paciente chega à unidade e o acompanhamento domiciliar realizado pelas equipes do Melhor em Casa (atenção domiciliar) e da Atenção Básica.

    O incentivo financeiro de investimento para ampliação e adequação tecnológica de UCP será de R$ 10 mil por leito. Para os hospitais, o incentivo será definido de acordo com as propostas das instituições.

    Já o incentivo financeiro de custeio mensal destinado à UCP e ao HCP (habilitados) terá redução progressiva do valor das diárias: R$ 300 por leito até o 60º dia de internação; R$ 200 por leito, a partir do 61º dia de internação; e R$ 100 a partir do 91º dia de internação. A redução do valor é uma forma de estimular a desospitalização de pacientes.

    Estratégia inclui salas de reabilitação

    A estratégia de apoiar o paciente antes da alta médica deve contar com Sala Multiuso de Reabilitação, espaço destinado ao atendimento do usuário em cuidados prolongados para realizar a reabilitação precoce e aceleração do processo de desospitalização pela equipe multiprofissional.

    Tanto nas unidades quanto nos hospitais especializados, a equipe multiprofissional deverá ser composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social, fisioterapeuta, psicólogo e fonoaudiólogo. As equipes multiprofissionais vão desenvolver um trabalho articulado, com troca de informações e ações conjuntas que resultem no atendimento humanizado e eficiente.

    secom.gov.br

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