O último fim de semana de maio foi marcado por tensão entre manifestantes contra e a favor do governo Jair Bolsonaro, acirrando ainda mais o clima de polarização no país em meio à pandemia do novo coronavírus, que já infectou mais de meio milhão de brasileiros. Os protestos na Avenida Paulista, em São Paulo, e na orla de Copacabana, no Rio terminaram em conflito neste domingo, 31. Em Brasília, o presidente voltou a desrespeitar as recomendações de isolamento e participou de atos contra o STF e a favor da intervenção militar.
Atos antifascistas, que clamavam por democracia e pela saída de Bolsonaro foram liderados por torcidas organizadas de clubes de futebol. Em São Paulo, membros da torcida corintiana Gaviões da Fiel ganharam o apoio de integrantes de organizadas dos rivais Palmeiras, São Paulo e Santos. O Corinthians tem uma ligação histórica com a democracia, em razão do movimento liderado na década de 1980 por jogadores como Sócrates e Casagrande durante a ditadura militar e que foi lembrado no ato.
Vestidos de preto e com uma faixa em favor da democracia, cerca de 500 manifestantes, a maioria usando máscaras para proteger-se contra o coronavírus, cruzaram na Avenida Paulista. As confusões começaram ao encontrar um grupo de boslonaristas, que portavam bandeiras da Ucrânia e do Pravyi Sektor (Setor Direito), uma organização paramilitar criada em 2013 que virou partido política na Leste Europeu e é constantemente associado ao nazismo.
Fonte: VEJA