A Coordenadoria de Vigilância Ambiental e Zoonoses da Secretaria de Saúde de Campina Grande realizou durante esta terça-feira, 14, um mutirão de combate à dengue no bairro Presidente Médici. Cerca de 50 Agentes de Combate às Endemias de três Distritos Sanitários trabalharam no mutirão, que começou às 6h e foi até as 18h.
Todas as ruas do bairro foram visitadas e as casas que precisaram receber tratamento foram verificadas pelos agentes, que usaram lavircida para evitar o desenvolvimento de focos do mosquito Aedes aegypti. Uma tenda com diversos serviços, produtos, cartazes, carro de som e panfletos foi montada no contorno do Raul Córdola. “Nós buscamos abordar as pessoas que fazem caminhada na Avenida Juscelino Kubitschek levando orientação e conscientização sobre a necessidade de prevenção da dengue”, disse a Coordenadora Rossandra Oliveira. Profissionais da Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente fizeram uma limpeza na via para evitar o surgimento de focos na Avenida.
O bairro é um dos que apresentaram maior índice de infestação do mosquito no 3º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti – Liraa, de 2015. O Presidente Médici tem focos do mosquito em 11,5% das residências. O município de Campina Grande apresentou índice médio de 7,6%. Os próximos mutirões serão realizados nos bairros Quarenta, Santa Cruz, Jardim Paulistano, Cruzeiro e Malvinas, que tiveram índices superiores a 10%.
Em 2015 foram notificados 406 casos de dengue, com 99 confirmações da doença. O Presidente Médici teve três casos confirmados. Porém, o Catolé, que teve índice de 5,5, apresentou mais pacientes com a dengue, foram 9 no total. Pedregal, Malvinas e o distrito São José da Mata aparecem com 4 casos confirmados, cada. Campina Grande não tem registro de casos de Chikungunya e não há levantamento dos casos de Zykavírus, que também são transmitidos pelo Aedes aegypti.

Rossandra destacou que entre 2013 e 2014 os casos notificados de dengue caíram 70% na cidade, descendo de 1350 para 400. “Mas este ano, muitos fatores contribuíram para o aumento no número de focos e de casos, como o racionamento, quando as pessoas passam a armazenar e acumular mais água em casa, criando ambientes propícios à proliferação do mosquito e o desabastecimento de lavircida durante 15 dias por parte do Ministério da Saúde”, alegou.
No primeiro semestre de 2015 foram recolhidos 1050 pneus e 642 peixes foram colocados em cisternas, além da borrifação, das tampas de reservatórios distribuídas e das 45 palestras educativas de conscientização. A Secretaria de Saúde também criou o Denguezapp (99991-0553) e o Disque-dengue (3322-5076).
Fonte: Codecom