A Secretária de Saúde de Campina Grande, Luzia Pinto, assegurou que a emergência cardiológica do Hospital João XXIII não vai fechar, vai continuar atendendo a população e garantiu que a Prefeitura Municipal dará assistência à unidade para não deixar que os serviços deixem de ser prestados.
Os procedimentos realizados pelo Serviço Único de Saúde no hospital custam em média R$ 128 mil por mês. A Secretaria de Saúde de Campina Grande repassa mensalmente R$ 24 mil, valor enviado pelo Ministério da Saúde. “Esta tabela do SUS está defasada há mais de dez anos, pagando muito pouco por cada procedimento. Nós fazemos o repasse, mas entendemos que o dinheiro não é suficiente porque o Ministério da Saúde envia poucos recursos”, disse a secretária.
A unidade hospitalar habilitada pelo Ministério da Saúde é o único prestador do atendimento em emergência cardiológica da cidade, sendo referência para toda a região. O local atende entre 2 mil e 2.500 pessoas por mês, mas apenas 40% dos pacientes são residentes em Campina Grande. “Se fizermos uma conta rápida, veremos que somos responsáveis por 40% dos atendimentos e, consequentemente, 40% dos pagamentos, o que representa R$ 51 mil”, explicou.
A secretária informou ainda que vai tentar viabilizar que a Secretaria de Saúde do Estado envie recursos para financiar parte dos pagamentos, já que a maioria dos atendimentos é para pacientes de outras cidades. “Nem todos os municípios atendidos no João XXIII são pactuados com Campina. O Governo do Estado precisa rever esta questão, que também deve ser discutida na Comissão Intergestores Bipartite e pelo Conselho de Secretários Municipais de Saúde da Paraíba – Cosems”, explicou.
A Secretaria de Saúde de Campina Grande ampliou os serviços de prevenção ligados à cardiologia, com consultas e exames especializados realizados nos Centros de Saúde e na Policlínica, inclusive, nos finais de semana e durante a noite. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi implantado o serviço de diagnóstico avançado de doenças do coração, com eletrocardiograma digital, sendo avaliados por médicos da UPA e do Instituto do Coração, em São Paulo, simultaneamente para resultados mais precisos e rápidos.
Fonte: Codecom