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Rebate de Pedro a Nilvan antecipa uma definição de 2º turno em João Pessoa

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A imprensa do estado está repercutindo declarações do ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) que adjetiva de “fraco” o comunicador Nilvan Ferreira, ex-candidato a governador pelo PL, em 2022. A fala ocorreu em entrevista ao programa Correio Debate, nesta quarta-feira (31).

Pedro havia sido provocado a comentar críticas de Nilvan condenando sua atitude de ir cumprimentar o presidente Lula no aeroporto João Suassuna, em Campina Grande, quando da visita presidencial à Paraíba, em março, e não escondeu o incômodo.

O ex-deputado explicou, em tom meio irritado, que durante a campanha sempre pregou que seu compromisso era com o desenvolvimento da Paraíba, que iria procurar o presidente que fosse eleito independentemente de partido político e que, no caso, havia, à convite de do senador Veneziano Vital do Rêgo, apenas feito um “cumprimento” a Lula. Nada mais.

Aproveitou, porém, para reclamar das críticas de Nilvan e o taxou de “fraco”. Não foi uma declaração contundente, ou seja, não veio acompanhada de uma cascata de críticas e considerações desabonadoras, mas não há como não avaliar que a manifestação de Pedro transborda a animosidade reinante entre o grupo político que representa e um dos principais representantes do bolsonarismo na Paraíba.

A animosidade certamente começou nas eleições municipais em 2016 em João Pessoa quando o então candidato Ruy Carneiro (PSDB) e seu grupo político (Cunha Lima) decidiram adotar a neutralidade no segundo turno, que tinha Nilvan como candidato contra Cícero Lucena.

Pode ter se agravado ainda no primeiro turno da campanha para governador, quando, em determinado momento, o ex-senador Cássio Cunha Lima começou a defender abertamente que a candidatura de Pedro seria mais competitiva num possível segundo turno, reduzindo a perspectiva de poder de Nilvan.

O ápice da animosidade deve ter chegado ao segundo turno das eleições governamentais, com NIlvan se negando a apoiar a candidatura de Pedro Cunha Lima e adotando a “neutralidade” depois de ter exigido manifestação expressa do candidato de oposição à campanha de Bolsonaro, o que não ocorreu.

Essa declaração de Pedro agora é um claro sinal de que existe um abismo político entre Nilvan e o grupo Cunha Lima, que dificilmente será superado.

Indica abertamente a antecipação de posições políticas na Capital para 2024 e a tendência de que Pedro Cunha Lima, sendo candidato a prefeito ou apenas liderando o grupo Cunha Lima, terá dificuldades de apoiar a candidatura de Nilvan Ferreira num possível segundo turno e que a recíproca será verdadeira.

Fonte: T5

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