A participação do atacado na ocupação total do comércio estadual passou de 16,4% para 18,8% no período. Já na receita bruta, o salto foi de 36,8% para 40,4%, atingindo R$ 32,1 bilhões. O segmento também detém o maior salário médio do setor, de 1,9 salário mínimo em 2023. No total de unidades, passou de 1.766 empresas em 2014 para 2.163 em 2023 (alta de 22,5%), apesar de leve queda de 5,3% em 2022.
Enquanto isso, o varejo, embora continue concentrando a maior parte dos empregos do comércio paraibano (72%), apresentou retração em vários indicadores. O número de trabalhadores caiu 5,6% em relação a 2022, passando de 98.155 para 92.630. Desde 2014, a participação na ocupação total recuou 2,7 pontos percentuais, e o total de unidades diminuiu 5,7%. A participação na massa salarial também encolheu, de 66,3% para 65,5%.
Especialistas apontam que o avanço do atacado está ligado à operação em grande escala, uso de centros de distribuição modernos, automação e ampliação do alcance via plataformas digitais e modelos de autosserviço. Já o varejo foi impactado por juros elevados, custos de aluguel e mão de obra, levando ao fechamento de lojas e redução de operações.