O Brasil conseguiu reduzir o número de óbitos de dengue

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    O entrevistado do programa “Bom Dia, Ministro” o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre as ações de combate a doenças como a dengue e a malária e de prevenção ao câncer de mama, o acesso a medicamentos, entre outros assuntos. Leia abaixo trechos da entrevista, editada pelo Em Questão.

    Dengue

    O Brasil conseguiu, em 2012, reduzir em 90% o número de óbitos de dengue e em 66% o número de casos graves, mantendo uma redução no total do número de casos. Apertamos as visitas domiciliares, a investigação dos mosquitos. Estamos agora testando novas tecnologias. O Ministério da Saúde tem dois programas de desenvolvimento de mosquitos, que são os que não transmitem o vírus da dengue, ou seja, que podem ter um impacto positivo na redução dos casos, mas a melhor medida, nesse momento, é o cuidado do foco do mosquito.

    Malária

    Tivemos uma redação de mais de 50% dos casos de malária em todo o Brasil, sobretudo na região Norte do País, na Amazônia Legal. E, além do número de redução de casos, tivemos uma redução de óbitos, quase a interrupção no número de óbitos de malária. Isso porque o Ministério da Saúde coordenou uma forte ação com os municípios, com as comunidades, do acesso mais rápido ao diagnóstico e ao tratamento.

    Mamografias

    O Ministério da Saúde tem feito um grande esforço para aumentar o número de mamografias no nosso País. E mais do que ter o acesso ao exame, é a qualidade desse exame. Pela primeira vez, o Brasil passou a ter um programa de controle de qualidade de mamografias. A partir de janeiro de 2013, todo o laboratório, clínica privada ou pública que faça mamografia, vai fazer o controle de qualidade desse exame. O Ministério da Saúde fez um levantamento da produção dos mamógrafos existentes no Brasil e tem o suficiente para fazermos o rastreamento das mulheres a partir dos 50 anos de idade – a população alvo. Estamos apoiando o que chamamos de mamografia móvel, para chegar à periferia das grandes cidades, nas cidades do interior. A Bahia foi onde fizemos a primeira decisão da modelagem desse esforço de mamografias móveis. Aumentou, no primeiro semestre deste ano, comparado com o primeiro semestre do ano passado, em 42% o número de mamografias.

    Acesso a medicamentos

    O Ministério da Saúde, no ano de 2011, conseguiu fazer uma economia de R$ 1,8 bilhão centralizando a compra de alguns itens, renegociando preços. Essa economia nos permitiu colocar o remédio de graça para hipertensão, para diabetes e agora para asma na Farmácia Popular, aumentando em um ano quatro vezes o acesso das pessoas a esse medicamento e, com isso, reduzindo as internações para hipertensão e diabetes. O remédio para a asma também já teve um aumento importante em alguns estados, chegando a mais do que dobrar o acesso em três meses.

    Planos de Saúde

    Através da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o ministério inaugurou neste ano um modelo novo de monitoramento em relação aos planos de saúde. Em 2011, colocamos em consulta pública, para a população opinar sobre regras de prazos máximos que os planos são obrigados a cumprir para a marcação de uma consulta, de uma cirurgia, realização de exames e internações. De três em três meses, o Ministério da Saúde publica um relatório do cumprimento dessas regras e a opinião do usuário é fundamental. Quem tem um plano de saúde pode apresentar a queixa no 0800 da ANS. Em julho deste ano, fizemos o primeiro ciclo de suspensão de direito de venda. Estamos mexendo em algo bastante sensível para os planos de saúde, que é exatamente na remuneração, na capacidade de arrecadar mais recursos, só poderão vender para mais pessoas se atenderem de forma adequada as com quem já têm contrato.

    Cirurgias

    O ministério conseguiu, no ano passado, aumentar em 65% o número de cirurgias, comparado com 2010. Queremos aumentar ainda mais, em 2012, para reduzir as filas, o tempo de espera que existe para uma pessoa fazer uma cirurgia. Os recursos estão disponíveis para todos os estados e municípios. Às vezes, a pessoa espera um ano, um ano e meio, para fazer uma cirurgia, e isso não está correto, mesmo para uma cirurgia que não é de urgência.

    Trânsito

    Os estados que apertaram a fiscalização da Lei Seca foram aqueles que reduziram o número de acidentes de carro e de moto, porque quando você fiscaliza, não está vendo só se a pessoa está dirigindo sob efeitos do álcool, mas também se o motoqueiro está usando capacete, se os equipamentos estão corretos. É fundamental que as polícias estaduais e os departamentos de trânsito dos estados e municípios apertem, cada vez mais, a fiscalização, para evitarmos e reduzirmos os óbitos dessa epidemia de acidentes de carro e de moto que temos no País.

    O programa é transmitido ao vivo pela TV NBR e pode ser acompanhado na página da Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

    (www.planalto.gov.br)

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