Agência de notícias Reuters destaca serviço especializado em microcefalia do Hospital Pedro I

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    reportagem_reutersO pioneirismo de Campina Grande nas pesquisas sobre os casos de malformações em bebês, provocadas pela síndrome congênita do Zika vírus, vêm chamado a atenção de jornalistas de todo o mundo. Da mesma forma, o ambulatório criado pela Prefeitura para dar assistência às gestantes e às crianças que nascem com microcefalia e outras malformações associadas ao Zika também está ganhando destaque de dos principais jornais e agências de notícias internacionais.

    Nesta terça-feira, 23, a agência de notícias britânica Reuters divulgou uma reportagem especial sobre os atendimentos realizados no serviço especializado em microcefalia, que funciona no Hospital Municipal Pedro I. A reportagem, disponibilizada em inglês no site da Reuters, mostra ainda o problema do subfinanciamento das ações de saúde pública no Brasil por parte do Governo Federal, que teria reduzido em 17% os investimentos na área em 2015, com previsão de mais cortes para este ano.

    A Reuters destaca que as atividade no ambulatório especializado do Pedro I são custeadas exclusivamente com recursos próprios da Prefeitura. Com a contratação de novos profissionais e a realização de mais exames para atender a demanda crescente de pacientes, o custo mensal de R$45 mil do serviço deverá dobrar. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou ao Ministério da Saúde incentivos no valor de R$6 milhões para compra de equipamentos, manutenção do ambulatório do hospital e custeio das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

    A reportagem mostra ainda que, por falta de serviços de assistência especializada em microcefalia em outros municípios paraibanos, mães dos bebês de diversas cidades do Estado precisam recorrer ao serviço de saúde criado em Campina Grande. A agência registrou a preocupação da  secretária municipal de saúde, Luzia Pinto, com o problema. “Falam em abrir centros em outras cidades para que as mães não tenham que viajar para tão longe, mas não vejo isso acontecendo”, lamentou.

    Outro destaque da reportagem foi o alerta da neurologista Alba Gean de Medeiros para a gravidade dos casos que estão sendo acompanhados no ambulatório. Segundo a médica, que também é diretora do Hospital Pedro I, o acompanhamento multidisciplinar dos bebês com malformações deve ser iniciado já nos primeiros dias de vida. “A terapia de estimulação precoce é absolutamente vital para dar-lhes uma chance de desenvolver funções-chave como andar e falar”, afirmou.

    Repercussão – Além de Reuters, outras agências de notícias internacionais, a exemplo da Associated Press, dos Estados Unidos, também estiveram no Hospital Municipal Pedro I para conhecer o trabalho desenvolvido no ambulatório especializado. O serviço ainda recebeu equipe de reportagem do americano The Wall Street Journal e de jornais de outros países como o Canadá, por exemplo.

    Link da reportagem: //www.reuters.com/article/us-health-zika-care-idUSKCN0VW1SW

    Fonte: Codecom

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