Em uma iniciativa da Prefeitura Municipal, por meio do advento do Complexo Multimodal Aluízio Campos, o qual vai abrigar dezenas de indústrias dos mais variados setores, Campina Grande está ganhando a primeira sede do Nordeste de um produto inovador: a argamassa polimétrica para assentamento de tijolos.
O artefato se propõe a diminuir consideravelmente os custos no setor da construção civil. A tendência é que em um período de médio prazo, dentro de um conceito de respeito ao meio ambiente, a construção de um edifício residencial, por exemplo, torne-se barata ao ponto de refletir diretamente no bolso do consumidor.
Desenvolvido em 2000 e patenteado oito anos depois pelo paranaense Jair Fidelis, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o revolucionário produto é fabricado em Arapongas-PR e já tem grande abertura no mercado brasileiro.
Derivada de aditivos naturais e agregados minerais, a argamassa garante a fixação de tijolos, blocos de concreto e cerâmicos dispensando a utilização de areia, água e cimento, tudo isso dentro de um conceito de sustentabilidade.
“Escolhemos Campina Grande para instalarmos nossa sede no Nordeste porque Campina nos escolheu. Primeiro pelo contato e a recepção que tivemos por parte do poder público. Depois, a questão da matéria-prima, o fato de ser um polo tecnológico, a cidade é equidistante do centro da região e também o crescimento do setor da construção civil em seu entorno. Através do Aluízio Campos, nossa intenção é fazer um macroinvestimento na cidade”, comentou o cearense Marcos Duarte, um dos sócios da Econor.
Em fase inicial, a empresa já gera diretamente 20 postos de trabalho, com expectativa de chegar até 50 em breve. Indiretamente, mais de 500 oportunidades de emprego estarão à disposição dos campinenses, com um diferencial: o público feminino.
“Além da fabricação de um mix de protudos, trabalhamos com treinamento da mão de obra. E como estamos quebrando paradigmas no setor da construção civil (com a substituição do processo do uso da areia, do cimento e da água pela aplicação desssa argamassa), vamos inserir a mulher nesse mercado de trabalho. Isso porque o esforço braçal vai ser consideravelmente diminuído”, detalhou Marcos.
O empresário, ao lado dos sócios Jair Fidelis e o boliviano Marcelo Hollweg, deixou claro que os operários não perderão espaço no mercado de trabalho.
“Pelo contrário. Eles passarão a produzir mais, em menos tempo e com menos esforço”, pontuou.
Além da argamassa polimétrica, a empresa que está se instalando em Campina Grande também produz a monocapa (para revestimento externo), massa única (revestimento interno) e a ecomântica (impermeabilização).
As máquinas para manuseio e aplicação desses produtos também são produzidas por outra empresa do grupo.
Essa é uma dentre as mais de 170 indústrias e empresas que têm propostas assinadas para instalação em Campina Grande através do Complexo Aluízio Campos.
O condomínio industrial, comercial, residencial e de serviços está atraindo R$ 500 milhões em investimentos e abrindo 14 mil novos postos de trabalho em vários segmentos: indústrias automotivas, farmacêuticas, construção civil, equipamentos, vestuário, comércio e serviços.
Fonte: Codecom