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Renan Calheiros cobra a mineradora Braskem pela destruição em Alagoas

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Em pronunciamento nesta-quarta-feira (29), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) cobrou da empresa petroquímica Braskem, com sede na Holanda, a reparação e solução para o caso do afundamento e destruição de vários bairros em Maceió, causado pela extração de sal-gema, em 2018. Ele ressaltou que tem acompanhado com “recorrência preocupante” especulações de uma possível expansão da participação da Petrobras na composição acionária da Braskem, que deixou um “rastro de destruição, dores, perdas irreparáveis e um cenário de cidades fantasmas”. A Petrobras, disse Renan, detém 30% das ações da Braskem. E não haveria problema em a empresa pública aumentar sua participação, desde que a mineradora arque, primeiramente, com os prejuízos causados ao povo alagoano.

Os recursos provisionados pela empresa para as indenizações, R$ 8 bilhões, são insuficientes para ressarcir todos os prejuízos, apontou o senador. Pois além dos cidadãos atingidos pela ação da mineradora, há prejuízos na infraestrutura de Alagoas, com perda de hospitais, escolas, creches, estações de tratamento de água e de terras. E ainda são estimados prejuízos de mais de R$ 3 bilhões somente em perda de arrecadação de ICMS de Alagoas, com a redução da atividade econômica no estado.

— Perto de 200 mil alagoanos foram severamente prejudicados, em 15 bairros, por uma atividade inconsequente, criminosa, danosa, ao meio ambiente — apontou Renan Calheiros.

— Passar pelas ruas que afundaram por causa da mineração do sal-gema, em Maceió, traz a mórbida impressão de estarmos em um cenário de caos, de pós-guerra, de abandono. São 16 mil casas absolutamente destruídas, ruas fantasmas e muros escritos com frases de dor, revolta, saudade e lembranças amargas dos familiares. O desastre criou cidades fantasmagóricas e forçou dezenas de milhares de pessoas a abandonarem os bairros e seus lares — afirmou o senador.

Além disso, o parlamentar salientou que o estado teve perdas superlativas em sua infraestrutura e perda de arrecadação. A queda da atividade econômica no Estado, perto de 11%, provocou uma redução de 2% no índice de emprego. “Estes são apenas alguns números já mensurados diante de muitos outros ainda difíceis de contabilizar”, disse.

O senador ressaltou que antes de qualquer negociação envolvendo a Braskem, venda ou ampliação do capital da Petrobras, é preciso que essa empresa, sua nova controladora e mesmo a Petrobras assinem um contrato com Alagoas para honrar seus compromissos.

Ação do Senado

Após o discurso de Renan Calheiros, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se solidarizou com o povo alagoano e disse que o Senado deve se empenhar na defesa do povo alagoano.

Fonte: Agência Senado

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