Por determinação judicial a partir do dia 24 de outubro, os contratos entre as cooperativas medicas e os hospitais públicos da Paraíba poderão ser suspensos.
No entendimento do diretor do Hospital de Trauma de Campina Grande, Geraldo Medeiros, “esse será um problema de calamidade pública se ocorrer”.
– Essa possível suspensão envolve a Cocam (a cooperativa dos anestesistas) em Campina Grande e todas as cooperativas médicas de João Pessoa exceto a Neurovasc, que não existia em 2006 quando a ação foi impetrada pelo procurador do Trabalho, Eduardo Varandas – ponderou o diretor durante entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio Caturité AM.
Ele disse que o número de profissionais especialistas em cirurgia torácica, vascular e neurocirurgia é pequeno no Hospital de Trauma de Campina Grande e essa situação pode paralisar atividades na unidade.
Geraldo Medeiros explicou que o Hospital de Trauma de Campina Grande possui atualmente 900 profissionais efetivos e 769 prestadores de serviço.
– Na área médica temos cinco profissionais especialistas em cirurgia torácica, mas apenas um é concursado. Temos um anestesista concursado e 27 prestadores de serviço. O hospital tem uma demanda de 850 cirurgias por mês e se a suspensão ocorrer trará problemas sérios – pontuou o diretor.
Ele ainda lembrou que a unidade hospitalar recebe pacientes do interior da Paraíba, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte e por isso pode ser classificado como um hospital geral.
Paraibaonline