A Secretaria de Saúde de Campina Grande iniciou, esta semana, a realização do teste rápido para diagnóstico da tuberculose. O exame para diagnosticar a doença é gratuito e está sendo oferecido no Serviço de Referência para Tratamento da Tuberculose, que fica localizado na rua Rio Branco, nº 584, no bairro da Prata, de segunda a sexta-feira, das 7h às 10h da manhã.
Para que o exame, conhecido como Teste Rápido Molecular – TRM, pudesse ser realizado, a Prefeitura de Campina Grande precisou fazer uma reforma no serviço de referência, inclusive com adequação e informatização de uma sala específica para receber o equipamento que realiza o teste. A máquina foi doada pelo Ministério da Saúde e o diagnóstico sai em até duas horas. O equipamento também tem a capacidade de identificar se o usuário possui resistência ao antibiótico rifampicina, usado no tratamento da doença.
No entanto, apenas pacientes que nunca tiveram a doença podem fazer o exame. As pessoas que já foram diagnosticadas anteriormente ou que estão em tratamento da tuberculose devem fazer o teste tradicional (baciloscopia), cujo resultado demora entre 24h e 48h. De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde do município, Eliete Nunes, o novo teste vai ajudar, principalmente, no tratamento dos casos mais críticos da doença. “Apenas após a confirmação do diagnóstico, o tratamento da tuberculose pode ser iniciado, mesmos nos casos mais graves. Por isso, a agilidade do teste será decisiva para evitar que o paciente tenha complicações”, explicou.
Em Campina Grande, uma média 150 pessoas são diagnósticas com a doença anualmente. Este ano, 46 casos foram registrados na cidade e os pacientes já estão em tratamento, que também é oferecido de forma gratuita nas Unidades Básicas de Saúde – UBS. Os casos mais complicados da doença são encaminhados para o serviço de referência, na Prata, que conta com uma equipe formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem e bioquímicos.
A doença – Causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, a tuberculose também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). O contágio é direto, de pessoa a pessoa. Por isso, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão.
Na maioria dos pacientes, os sinais e sintomas mais frequentemente são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração. Em alguns casos, os indícios da doença podem ficar imperceptíveis até mesmo por vários meses.
Fonte: Codecom
