“Arraiá de Marinês” homenageou cantoras nordestinas

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    arraia_marinesPalco para grandes nomes da cultura popular brasileira, todos os anos o Maior São João do Mundo presta reverências à música nordestina. Ao longo das 31 edições da festa, artistas como Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga e Dominguinhos foram homenageados, enriquecendo cada espaço do Quartel General do Forró. Este ano, o “Arraiá de Marinês e sua gente” marca o reencontro dos festejos juninos com a pernambucana que conquistou o coração dos paraibanos e se tornou a “Rainha do Xaxado”.

    Na parte inferior do Parque do Povo, o “Arraiá de Marinês e sua gente” abriga as barracas dos restaurantes tradicionais da cidade. Com muito colorido, a cenografia do local ganhou inspiração na arquitetura das cidades do interior do Nordeste. Lá, é possível encontrar réplicas de prédios históricos de Campina Grande, como o Cassino Eldorado, além de duas das tradicionais palhoças de forró pé-de-serra, a de Zé Lagoa e a de Seu Vavá.

    O nome do espaço faz alusão ao primeiro disco da cantora, “Vamos xaxar com Marinês e sua gente”. A homenagem à primeira mulher a formar um grupo de forró foi aprovada pela contemporânea da artista, a forrozeira Geralda Velêz, presença marcante nas noites do Parque do Povo até hoje. “É um reconhecimento para todas nós, mulheres que levamos a música nordestina aos quatro cantos do mundo. Todas nos sentimos homenageadas pela Prefeitura”, relatou.

    Reinado – Nascida em 1935, filha de pai seresteiro e de mãe cantora de igreja, Inês Caetano de Oliveira foi anunciada como Marinês por engano durante um programa de calouros.  Em 1957, gravou “Pisa na fulô” e “Xaxado da Paraíba”, músicas regravadas por vários artistas. Com uma bagagem repleta de grandes sucessos, partiu para o Rio de Janeiro para se apresentar ao lado de Luiz Gonzaga.  Foi do “Rei do Baião” que ganhou o título de “Rainha do Xaxado”.

    Com mais de 30 discos gravados durante a carreira, Marinês falou do amor com “Bate coração” e cantou a seca no Nordeste em “No meu cariri”. Nos versos de Rosil Cavalcanti, fez um passeio pela Rainha da Borborema ao gravar “Saudade de Campina Grande”. Em maio de 2007, foi a vez da cantora deixar saudade nos fãs e na história da música nordestina, ao morrer aos 71, vítima de um AVC.

    Para matar um pouco da saudade da artista, o “Arraiá de Marinês e sua gente” transformou o Parque do Povo num reinado popular de alegorias e ritmos eternizados na voz da “Rainha do Xaxado”.

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