O segundo Sarau Carnavalesco promovido pela Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Campina Grande será realizado na próxima quinta, dia 27, a partir das 18hs, no pátio da Estação Velha. A exemplo de 2013, quando o Sarau foi dedicado às marchinhas que fizeram história no carnaval brasileiro, para este ano também um tema foi escolhido: o livreiro, boêmio e preservacionista do patrimônio histórico José Pedrosa, que, se estivesse vivo, completaria cem anos.
Pedrosa, durante décadas, incentivou a leitura em Campina Grande, através da livraria que fundou, onde existia um setor dedicado ao autor campinense, que foi responsável pela descoberta e lançamento de vários escritores. Popular também pelo lema que criou, “Faça do livro o seu melhor amigo”, Pedrosa reunia em sua livraria personagens anônimos e famosos escritores, que transformaram a livraria num reduto de boêmios e intelectuais, bem como promovia saraus poéticos em plena censura da ditadura militar.
Uma das maiores contribuições de Pedrosa ao patrimônio cultural da cidade foi a sua luta para preservar o majestoso sobrado do pavilhão Epitácio, construído em 1922, em estilo art-nouveau, que foi sede do jornal Correio de Campina, da fruteira de Cristino Pimentel e sede do Grêmio 31, onde foram promovidos, de 1926 a 1953, os mais famosos bailes de carnaval de salão de Campina Grande. José Pedrosa adquiriu o sobrado e rejeitou todas as ofertas de venda, garantindo para a cidade uma joia arquitetônica.
O II Sarau Carnavalesco resgata a figura do livreiro, boêmio e intelectual José Pedrosa, com a orquestra de frevo Confete e Serpentina, como nos antigos e saudosos carnavais.