MP e UFCG firmam parceria para criar game sobre violência doméstica

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    Prevenir e combater a violência doméstica de forma lúdica e com o auxílio da tecnologia. Esse é o objetivo do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Para isso, as duas instituições firmaram uma parceria que deve resultar na criação de um projeto-piloto em escolas da Capital, onde alunos terão acesso a um game sobre a temática.

    Foi realizada a primeira reunião de trabalho, na sede do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf/MPPB), em João Pessoa, com a participação da coordenadora do Ceaf, a promotora de Justiça Cristiana Vasconcelos; da promotora de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica da Capital, Rosane Araújo; da coordenadora dos Centros de Apoio Operacional às Promotorias (Caops) da Cidadania e Direitos Fundamentais e Cíveis e Família, promotora Elaine Pereira Alencar; e dos professores dos cursos de Computação e de Educação do Campo da UFCG, Marcelo Barros e Valéria Andrade, respectivamente.

    Marcelo Barros destacou que a parceria visa construir um instrumento voltado à educação e à gestão de todas as ações que versam sobre violência contra a mulher e violência doméstica, de modo geral. “Esse é um problema extremamente complexo que envolve várias promotorias e várias instituições parceiras do MPPB e da universidade. Estamos dando o primeiro passo com essa reunião, estabelecendo um projeto e cronograma de trabalho e com perspectivas muito boas de já gerarmos alguns resultados para o próximo ano, tanto na dimensão da educação, com a sensibilização da população, quanto no apoio à tomada de decisão pelas promotorias”, comemorou.

    A promotora Rosane Araújo explicou que a iniciativa da UFCG apoiada pelo MPPB é de grande relevância para o enfrentamento da violência doméstica. “Fico felicíssima porque podemos fazer uma política institucional com o uso da tecnologia e tendo como temática o enfrentamento da violência doméstica”, disse.

    Segundo ela, a expectativa é de que já no primeiro semestre de 2018 seja feito um projeto-piloto com a utilização do game em escolas da Capital. “A partir daí, poderemos diagnosticar e radiografar essa problemática, o que vai subsidiar a criação de um laboratório para medir os riscos de violência doméstica nesses locais e direcionar ações para essa questão”, explicou.

    A promotora Elaine Alencar destacou que o Caop, como órgão de orientação e apoio, vai participar da elaboração do projeto-piloto e também na intermediação com órgãos externos. “Além da elaboração, O Caop também vai participar da aplicação do projeto pelos órgãos de execução”, complementou a coordenadora.

    Já a promotora de Justiça Cristiana Vasconcelos explicou que o Ceaf vai intermediar a iniciativa. “Esse projeto é de interesse não só da universidade – enquanto fomentadora de políticas públicas-, mas também do Ministério Público, que vivencia a questão já no final, quando judicializa a violência doméstica como um fato real. Verificamos que, a partir dessas ações, onde trabalhamos a prevenção, podemos mudar essa realidade”, disse.

    A professora Valéria Andrade, por sua vez, destacou como estratégico o uso de ferramentas tecnológicas e de games para a construção de “novos olhares” sobre a violência. “A violência doméstica é difusa e está presente em todos os contextos, inclusive no contexto do campo e essa parceria com o Ministério Público pode trazer avanços nos relacionamentos. Acredito que a construção de novos olhares, a reinvenção das relações e do próprio mundo podem contribuir com essa transformação”, falou.
    MP

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