“Samu na Escola” ajuda a prevenir acidentes e diminuir número de pacientes

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    samu_escolaQuase 50 alunos da Escola Municipal Francisco Manoel da Motta, no bairro de Bodocongó, recebem esta semana a visita do projeto “Samu na Escola”, da Secretaria de Saúde de Campina Grande, em parceria com o Ministério Público da Paraíba. É a segunda escola da cidade onde é realizado o programa de conscientização e ensino sobre o trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu 192. Até o fim do ano, estudantes de mais dez escolas devem receber a visita da equipe.

    O programa começou na Escola Municipal Dr. Assis Chateubriand, no José Pinheiro, e agora chega ao bairro de Bodocongó, mas a ideia é dar aulas também em escolas particulares. “Temos um cronograma cheio até o fim do ano. O projeto tem ótima aceitação das crianças, dos professores e das escolas, que têm nos procurado com frequência, e estamos alcançando os objetivos”, explicou Ann Gracielle Gomes, coordenadora do projeto.

    O “Samu na Escola” leva profissionais do Samu e estudantes de medicina, fisioterapia e enfermagem para as salas de aula para passar a estudantes e educadores noções de primeiros socorros em situações de acidentes com vítimas que tenham ferimentos, asfixia, traumatismo, queimaduras e hemorragias. Os alunos recebem também orientações de como agir em casos de engasgo, paradas cardiorrespiratórias e até de como fazer o transporte dos acidentados e, claro, de como prevenir acidentes.

    O intuito é ensinar as pessoas a atuarem no socorro até a chegada da ambulância. Ao fim de cada semana de aulas teóricas e práticas na escola, uma equipe de cinco estudantes é escolhida para formar o “Samu Mirim” da instituição, a quem as vítimas de qualquer incidente ou as pessoas que estejam passando mal devem recorrer. “Com essas medidas, estamos também indiretamente diminuindo o número de atendimentos, já que 45% dos casos são resolvidos no local mesmo e eles podem fazer esta ação”, enfatizou Ann.

    Além da questão técnica, outro objetivo é diminuir o número de trotes ao serviço. De acordo com a coordenação do Samu, a maior parte dos falsos chamados é de crianças e coincide com os horários de chegada, intervalo e saída nas escolas. Os alunos de 1º ao 9º ano são conscientizados sobre a importância do trabalho para a cidade e incentivados a divulgar a necessidade dos outros colegas não passarem trotes.

    Para atrair os estudantes, que passam a maior parte do tempo bem atentos, a equipe faz simulações de salvamento com bonecas e até veste algumas crianças com macacões dos heróis da saúde. Uma ambulância de brinquedo vira sensação entre os pequenos e no fim da semana uma ambulância de verdade é apresentada a toda a escola, com todo o aparato de equipamentos.

    Arthur Ruan, de 11 anos, estudante do 5º ano, permanece todas as aulas atento ao que os profissionais falam. “O que mais chamou minha atenção foi a massagem para salvar de ataque cardíaco”, contou o menino, simulando como se faz o socorro. Mesmo que Arthur não seja escolhido para o Samu Mirim, já aprendeu como ajudar as pessoas. “Se algo acontecer sei que posso fazer alguma coisa, e eu também quero vestir esse macacão”, disse.

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