BALANÇO DA ORGANIZAÇÃO REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS APONTA QUE A IMPRENSA BRASILEIRA SOFREU 580 ATAQUES DO GOVERNO DURANTE 2020.
A PESQUISA ABORDOU DADOS DE DISCURSOS E ENTREVISTAS DE AUTORIDADES, ALÉM DE DECLARAÇÕES EM REDES SOCIAIS COMO TWITTER E FACEBOOK. REPÓRTER RAQUEL TEIXEIRA.
“2020 foi um ano sombrio para a liberdade de imprensa no Brasil”. É assim que a Organização Repórteres sem Fronteiras define o resultado apontado pela pesquisa que levou o país a ocupar a posição de número 107 no ranking mundial criado para analisar o problema. O monitoramento também revelou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, e seus filhos foram responsáveis por 85% dos ataques de autoridades a jornalistas no ano passado.
Para o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, o balanço comprova a postura desrespeitosa do presidente diante da democracia e da liberdade de imprensa. (HUMBERTO) Como Bolsonaro não tem qualquer compromisso com a liberdade, com a democracia e com a nossa constituição, para nós não é nenhum tipo de surpresa que esses ataques se façam de forma repetida, crescente e extremamente agressiva.
Já Plínio Valério, do PSDB do Amazonas, defende que deve haver respeito no relacionamento entre governo e mídia. (PLÍNIO) É lamentável. Como jornalista eu repudio tudo isso, e como senador eu me sinto envergonhado de saber que nós estejamos ainda tendo a imprensa sofrendo ataque. O presidente confunde ódio que ele tem contra a Rede Globo com a imprensa toda. Tem que um relacionamento de respeito porque uma democracia sem imprensa livre não é democracia.
O objetivo do levantamento é garantir o exercício da liberdade de pensamento e expressão, condenar agressões a profissionais de mídia, garantindo investigação e punição dos responsáveis pelos excessos, e legitimar o trabalho dos comunicadores.
Fonte: Rádio Senado, Raquel Teixeira.