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Dólar engata 5ª queda consecutiva e fecha a R$ 4,80

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O dólar fechou em queda nesta quinta-feira (15), engatando a 5ª sessão consecutiva de desvalorização ante o real. Investidores passaram o dia repercutindo a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter as taxas de juros entre 5,00% e 5,25% ao ano.

A melhora das perspectivas para a economia brasileira por parte da agência de classificação de risco S&P Global Ratings, na véspera, também ficou no radar.

A moeda norte-americana recuou 0,09%, cotada a R$ 4,8022. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar teve queda de 1,15% e fechou cotado a R$ 4,8063, no menor patamar desde 6 de junho de 2022. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular quedas de:

  • 1,52% na semana;
  • 5,34% no mês;
  • 9,01% no ano.

No mercado acionário, o Ibovespa voltou a subir e fechou aos 119.221 pontos, renovando o maior patamar desde outubro.

O que está mexendo com os mercados?

Os mercados globais continuaram a repercutir a decisão de política monetária anunciada pelo Fed na quarta-feira (14). A instituição manteve as taxas de juros inalteradas em um patamar entre 5,00% e 5,25% ao ano, que é o maior desde 2007.

Dessa forma, com uma pausa na subida das taxas da maior economia do mundo, outros ativos, como a moeda brasileira ganham fôlego contra o dólar.

Vale ponderar, no entanto, que Jerome Powell, presidente do Fed, já sinalizou que novas altas podem acontecer nos próximos meses.

Entre os indicadores do dia, a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de elevar sua principal taxa de juros pela 8ª vez consecutiva também ficou no foco do mercado. A alta foi de 0,25 ponto percentual, para 3,5%, o nível mais alto desde 2001.

Ainda no exterior, novos dados da China reforçam que a economia do país está passando por um processo de desaceleração. Analistas do BTG Pactual destacam que as vendas no varejo subiram 12,7% em maio, contra uma expansão de 18,4% observada em abril, enquanto a produção industrial cresceu 3,5%, abaixo da alta de 5,6% do mês anterior.

Por conta da perspectiva de desaceleração, o governo chinês está estudando novas medidas de apoio financeiro para setores privados e de consumo no país. Essa notícia animou os mercados de commodities, porque a China é um dos principais demandantes desses produtos.

A empresa também reafirmou o rating de crédito soberano, que reflete a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, em “BB-” — nota que o país tem desde 2020.

Essa classificação ainda indica um “grau especulativo” — o que, segundo a agência, aponta que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.

Além disso, “arcabouço fiscal, contas públicas, inflação, PIB, reforma tributária e reforma ministerial continuam a ser foco das atenções do mercado”, pontua a equipe de análise do BTG.

O novo corte nos preços da gasolina anunciados pela Petrobras nesta quinta-feira também ficou no radar. A redução foi de R$ 0,13 para as distribuidoras.

Fonte: G1

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