A Transposição parou mesmo!

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    A inspeção da comitiva paraibana nas obras de transposição das águas do Rio São Francisco confirmou a paralisação em vários trechos dos lotes vistoriados. O percurso começou na última terça-feira na cidade de São José de Piranhas, no Sertão paraibano, e seguiu para Salgueiro, Cabrobó e Sertânia, no Estado de Pernambuco. Depois retornou à Paraíba e foi concluída na cidade de Monteiro, no último sábado. A comitiva percorreu cerca de 600 quilômetros e deixou os membros do grupo preocupados com o cumprimento do calendário das ações.

    Participaram das visitas o deputado estadual Assis Quintans, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Fernando Catão, o arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto, o diretor estadual da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), Francisco Lopes, além do representante do Ministério da Integração Nacional, José Luis de Sousa. Ao longo das visitas, como no Eixo Norte, em São José de Piranhas, dos nove lotes que fazem parte do projeto, cinco estavam paralisados. Assim como no Eixo Leste, no Rio Paraíba, ainda aguarda licitação para ser construído um túnel.

    “Nós estamos produzindo um relatório informativo que iremos apresentar esta semana ao presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (AL), Ricardo Marcelo, e nele constará todos esses problemas de atraso nas obras, como o mais preocupante o do Eixo Leste, que está praticamente parado. A visita dessa comitiva deve servir de alerta para que toda a sociedade cobre do Ministério da Integração a retomada das obras”, destacou o deputado, que há cerca de um mês denunciou a situação na tribuna da AL.

    Outro ponto de demonstrou preocupação para os integrantes da comitiva foi no Rio Piranhas, que segundo Fernando Catão, presidente do Tribunal de Contas do Estado, está bastante assoreado em vários trechos de seu curso. “O trecho mais grave dele é o que cruza as várzeas de Sousa no sentido Oeste-Leste.

    É preciso ser tomada uma atitude o mais rápido possível para que não tenhamos um desastre ainda maior”, apontou Catão referindo-se à degradação ambiental que a região está sofrendo.

    Já para o diretor da Aesa, Francisco Lopes, a grandiosidade da obra, orçada em R$ 8,2 bilhões e com previsão de conclusão até 2025, é o fator que leva ao aparecimento de algumas falhas que precisam ser resolvidas o mais rápido possível para que o cronograma de obras seja cumprido. “Há um esforço muito grande por parte do Ministério da Integração em cumprir o calendário, mas sabemos que por ser uma obra pública e de grande porte, existem muitos percalços. Entendemos isso, mas queremos respostas para que os trabalhos sejam mais céleres”, disse.

    A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA entrou em contato com a assessoria do Ministério da Integração que afirmou que somente a Secretaria de Infraestrutura Hídrica poderia responder acerca da elaboração desse relatório. Sendo assim, devido à ausência do representante da pasta, não poderia se pronunciar sobre o caso.

    Ainda de acordo com a assessoria, o enviado pelo Ministério, José Luis de Sousa, não está autorizado a falar sobre a visita às obras.
    Jornal da Paraíba
    Givaldo Cavalcanti

     

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