Técnicos da SEDUC participam de Formação sobre Microcefalia

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    tecnicos_seduc_microcefaliaPreocupada com os casos de microcefalia registrados na cidade, a Prefeitura de Campina Grande através da Secretaria de Educação em parceria com a Secretaria de Saúde, promoveu nesta sexta-feira (20) uma Formação Específica sobre Microcefalia, para os técnicos da Rede Municipal de Ensino.

    A formação foi ministrada pela médica pediatra Maria Jeanete de Oliveira Silveira que é técnica do DAS – Departamento de Atenção a Saúde da PMCG. Ela destacou a importância da realização dessa formação para os técnicos. “Muito em breve esses bebês estarão nas creches do município. São 12 casos confirmados em Campina Grande e quatro em investigação. Tudo é muito novo e é necessário capacitar os técnicos”, afirmou.

    Em decorrência da situação a Secretaria de Educação está trabalhando em parceria com a Saúde/CRAS/CAPS, com o objetivo de conhecer mais sobre microcefalia.

    De acordo com a doutora Jeanete, 80% dos casos do Zika não apresentam sintomas e as mulheres que não têm acompanhamento médico durante a gestação só sabem que o filho (a) tem microcefalia após o nascimento.

    Microcefalia não é doença é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

    Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida.

    A microcefalia só acontece durante a  gestação, geralmente no primeiro trimestre. Se o bebê nasceu com o tamanho da cabecinha maior do que 32 cm, não há risco de desenvolver microcefalia.

    Vamos entender. O mosquito Aedes contaminado com o Zika vírus pica uma futura mamãe, gestante no início. Muitas vezes a infecção passa despercebida, pois os sintomas são leves e parece uma alergia, com manchinhas vermelhas pelo corpo, que coçam e passam em alguns dias.
    Só que o vírus entrou no sangue da gestante e passa pela placenta, atingindo o bebê que está em formação. O Zika tem uma atração pelo sistema nervoso central. Por isso, vai até o pequeno cérebro em formação e faz uma lesão. Esta lesão não deixa o cérebro crescer adequadamente. Resultado: os bebês nascem com a cabeça menor que 32 cm, isto é, com microcefalia.

    DISTRITOS – A cidade foi dividida em oito Distritos Sanitários. De acordo com a pediatra, os bebês com microcefalia não podem ser vacinados, o Projeto Terapêutico da Saúde está imunizando os familiares.

    Hoje a cidade conta com 104 equipes de Ação a Saúde. A maior preocupação da Secretaria de Saúde é com Distrito 8 – Distrito de Galante que tem dois casos de microcefalia, que representa 35% dos casos.

    A microcefalia é detectada através da medição dos recém-nascidos, crianças do sexo masculino com 31,9 centímetros e do sexo feminino com 31,5 centímetros.

    A recomendação é a formação de equipes multidisciplinares e de um Projeto Terapêutico Singular, para o atendimento às crianças com microcefalia e aos familiares.

    A Secretaria de Saúde formou uma Equipe Itinerante que vai atender as crianças em casa.

    Fonte: Codecom

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