Terminou no último dia 19 o prazo dado pela Justiça do Trabalho para as cooperativas médicas encerrarem as atividades nos hospitais públicos do Estado. No entanto, as entidades decidiram dar sequência aos atendimentos com o objetivo de garantir a segurança da população que busca assistência nas unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Mesmo diante das ameaças de multa estabelecidas pela Justiça de Trabalho, as cooperativas decidiram seguir o entendimento do juiz Aluízio Bezerra, titular da 6ª Vara da Fazenda Pública, que, através de liminar, garantiu a continuidade dos atendimentos médicos nos hospitais públicos realizados por meio de convênio firmado com o Governo do Estado.
“Todos os atendimentos continuam normalmente nas instituições públicas, pois, os nossos médicos cooperados entenderam que devem seguir a orientação da Justiça Estadual que é o de assegurar o atendimento digno que a sociedade merece até que o nosso Judiciário firme um entendimento definitivo sobre esse impasse”, explicou o médico Azuil Vieira, presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest-PB), que possui cerca de 133 profissionais cooperados em atuação. Eles são imprescindíveis para qualquer tipo de procedimento cirúrgico ou de emergência grave.
Já em Campina Grande, mais de 20 anestesiologistas que atuam pela Cooperativa dos Anestesiologistas (Cocan), no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, decidiram continuar os atendimentos à população por conta própria. “Mesmo diante da indefinição jurídica que cerca a continuidade desses convênios, os cooperados que até o último dia 19 estavam em atuação pela Cocan decidiram continuar atuando no Hospital de Trauma para garantir a continuidade do serviço à população. Se os médicos pararem, o caos estará estabelecido na saúde pública da Paraíba”, alertou o presidente da Cocan, Carlos Roberto.
Atendimento não pode parar
As cooperativas médicas têm forte atuação nos hospitais públicos que atendem pelo SUS. Os médicos alertam que, em caso de suspensão imediata dos convênios firmados com o Governo do Estado, a população teria grande dificuldade para encontrar atendimento em situações de urgência e emergência nos hospitais públicos.
“Nosso dever é assegurar o atendimento de qualidade, sério e condigno aos anseios da sociedade. Portanto, enquanto esse impasse não for definido pelo nosso judiciário, os médicos cooperados continuarão prestando os seus serviços junto aqueles que buscam assistência nos hospitais da rede SUS”, afirmou o médico Azuil Vieira.
No estado, as cooperativas médicas contratadas também prestam serviços nos Hospital Arlinda Marques – único na Paraíba especializado em cirurgia pediátrica -, ao Hospital Edson Ramalho, ao Hospital Clementino Fraga, ao Hospital Regional de Guarabira, de Itabaiana e de Itapororoca, além do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
Assessoria