Deputada aliada de Dilma cobra a transposição

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    A conclusão imediata das obras de transposição de águas do Rio São Francisco para beneficiar as regiões semiáridas dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará foi defendida, em Brasília/DF, pela deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB).

    Em pronunciamento aparteado pelos deputados federais Mauro Benevides (PMDB-CE), Francisco Escórcio (PMDB-MA), Rosane Ferreira (PV-PR), Leonardo Gadelha (PSC-PB) e Luiz Couto (PT-PB), ela observou que a situação do nordestino continua cada vez mais crítica, “apesar dos programas sociais lançados pelo governo federal, notadamente a partir da gestão do ex-presidente Lula, muito bem sucedido pela presidente Dilma Rousseff, com destaque para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em janeiro de 2007 com previsão de investimentos em áreas como saneamento, habitação, transporte, energia e recursos hídricos”.

    “Na Paraíba, por exemplo, aproximadamente 650 mil pessoas sofrem hoje com a estiagem no campo, e 195 municípios já tiveram a situação de emergência homologada pelo Governo do Estado, conforme matéria jornalística veiculada na imprensa estadual”, ressaltou a deputada. “Somando-se as populações das zonas rural e urbana, o número de pessoas que sofrem com a seca sobe para a casa dos dois milhões de paraibanos”, acrescentou.

    “Mas a situação pior mesmo – continuou Nilda Gondim – é enfrentada pelo homem do campo, que este ano viu as suas plantações, especialmente de milho e de feijão, serem quase que inteiramente destruídas pelo calor do sol ‘escaldante’. Até mesmo a palma forrageira (planta extremamente resistente à seca que serve para alimentar e matar a sede dos animais) teve a produção comprometida”.

    Nas últimas décadas, segundo ressaltou a deputada, a esperança de dias melhores para estes nordestinos, que conseguem vencer a própria natureza e os próprios limites de seus corpos humanos para sobreviver, começou a tomar forma na discussão em torno da necessidade de execução do projeto de transposição de águas do Rio São Francisco para beneficiar as regiões secas dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

    “Depois de muita discussão em torno da viabilidade ou inviabilidade econômica e ambiental da obra, ficou provado e comprovado que a transposição não prejudica os Estados historicamente servidos pelo Rio São Francisco. Mesmo porque as águas que irão servir as regiões que sofrem com a seca correm hoje para o mar, sendo, portanto, desperdiçadas. E tal desperdício, inclusive, foi narrado, ainda em 1955, pelo cantor e compositor Luiz Gonzaga, por meio dos versos que compôs junto com o seu amigo Zé Dantas e que deram origem à música intitulada ‘Riacho do Navio’, onde se diz que ‘O rio São Francisco vai bater no meio do mar…’”, acrescentou.

    Apontado como a obra do século, o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco, segundo Nilda Gondim, prevê a garantia de água a doze milhões de nordestinos de 390 municípios do Agreste e do Sertão dos Estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. A obra, apesar de sua importância e da sua história centenária, só começou a sair do papel no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a classificou como “a redenção do Nordeste”. “Embalada por uma vontade pessoal e política direcionada para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro, a presidente Dilma Rousseff não somente vem dando prosseguimento à execução do projeto, mas também tem cobrado pessoalmente agilidade no andamento dos serviços, que estão atrasados. No começo deste ano, inclusive, o senador Vital do Rêgo Filho recebeu do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, a garantia de retomada das obras nos lotes onde o projeto estava paralisado”, observou a parlamentar peemedebista em seu pronunciamento.

    Ela lembrou que, há aproximadamente quatro meses, o senador Vital do Rêgo Filho visitou trechos da obra entre o Sertão paraibano e o Estado de Pernambuco. Em entrevista, ele informou que as obras nos eixos Leste e Norte têm previsão de término para o ano de 2015, e estão 71% e 46% concluídas, respectivamente.

    Segundo observou o senador, o governo federal planeja investir R$ 780 milhões nos eixos Norte e Leste da transposição, o que dará grande impulso à obra.

    Segundo expectativa da deputada Nilda Gondim, quando o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco estiver concluído, os agricultores das áreas hoje castigadas pela seca voltarão a produzir, impulsionando de vez a economia e mudando os indicadores econômicos da região. Na Paraíba, a transposição vai garantir água para 2,5 milhões de paraibanos de 127 municípios. As águas do São Francisco chegarão às bacias dos rios Paraíba e Piranhas, e haverá garantia do aumento da oferta nos açudes Epitácio Pessoa, Acauã, Engenheiro Ávidos e sistema Coremas/Mãe D’Água.

    Pela importância da transposição para milhares e milhares de vidas humanas nordestinas, Nilda Gondim afirmou que toda a classe política, especialmente nordestina, tem o dever de apoiar e ao mesmo tempo cobrar do governo atitudes enérgicas no sentido de impedir que interesses mesquinhos de determinados grupos comprometam o bom andamento das obras.

    “Somente com a garantia da conclusão deste projeto, aliada à execução de muitas outras políticas públicas voltadas para o atendimento das necessidades básicas da população, a região Nordeste poderá finalmente ter o que comemorar durante o principal período de colheita agrícola, que coincide exatamente com o período junino que estamos vivenciando”, enfatizou.

    Ascom

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