A presidente Dilma Rousseff inaugurou em Serra Talhada (PE), o trecho de 118 km da Adutora do Pajeú, obra da Construtora Rocha contratada pelo DNOCS, que trouxe água do rio São Francisco e tirou o município do colapso no abastecimento. A agilidade na continuidade da obra da cidade até Afogados de Ingazeiras, de 97 km – dos quais 22 km já executados -, foi incentivada pela presidente que recomendou trabalhar em dois turnos para conclusão antes do prazo previsto de 31 de julho deste ano para atender aos municípios que esperam a chegada da água.
Na ocasião, a presidente autorizou a licitação da segunda etapa da obra que vai acrescentar 401 km e beneficiar 22 municípios de Pernambuco e Paraíba, até Taperoá. Esta etapa receberá investimento de R$ 340 milhões, informou o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou a ordem de serviço para construção da barragem Ingazeiras, em Afogados de Ingazeiras, que beneficia também São José do Egito, Tabira e Tuparetama, um investimento de R$ 42 milhões.
O ministro Fernando Bezerra, o diretor-geral do DNOCS, Emerson Fernandes, e a coordenadora do órgão no Pernambuco, Rosana Bezerra, assinaram na solenidade a ordem de serviço da barragem Ingazeiras, e a autorização para lançamento de edital de licitação das obras da Segunda Etapa da Adutora do Pajeú. A presidente, os ministros, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o diretor-geral do DNOCS visitaram o ponto de chegada da água da Adutora do Pajeú a Serra Talhada, na Estação de Tratamento de Água (ETA) da Compesa, que abastece a cidade, antes da solenidade no Parque de Exposições.
Seca
Dilma Rousseff anunciou que a seca do ano passado que prossegue este ano será tema de reunião com ministros e os governadores do Nordeste no dia 2 de abril, em Fortaleza. A presidente afirmou que estenderá a entrega de uma patrulha mecanizada com retroescavadeira, motoniveladora e caminhão caçamba, que vem sendo doada pelo governo a todas as cidades com menos de 50 mil habitantes, para todos os municípios do semiárido, mesmo aqueles com mais de 50 mil habitantes.
Um dos temas a serem discutidos com os governadores, segundo Dilma, é como aprender a fazer proteção da economia na seca, uma vez que o governo tem feito a proteção das pessoas por meio dos programas sociais. A presidente informou que o governo tem investido R$ 32 bilhões em obras hídricas no Nordeste, em adutoras, canais, estações de tratamento de água, redes de abastecimento e programa Água para Todos.
Na reunião do dia 2 de abril com os governadores, disse Dilma, o seguro safra de R$ 140 e a bolsa estiagem serão prorrogados. “Iremos pagar até enquanto durar a seca”, afirmou. A presidente recebeu de Doriel Barros, presidente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Pernambuco (Fetraepe), a cartilha Convivência com o Semiárido e disse que irá discutir as recomendações na reunião com os governadores. Segundo ela, o Nordeste vive a maior seca dos últimos 50 anos, Conforme dados científicos por ela citados, em algumas localidades da região esta é a maior seca dos últimos 100 anos.
A presidente garantiu que, ao serem reiniciadas as chuvas, o governo federal implantará um programa para recomposição dos rebanhos dos pequenos agricultores. Eduardo Campos e Doriel Barros, enfatizaram que os ganhos dos últimos 10 a 30 anos dos pequenos agricultores foram destruídos com a seca e defenderam uma iniciativa de apoio governamental que possibilite a reposição do rebanho perdido na seca.
Dilma Rousseff acrescentou que o governo continuará vendendo milho a preços mais baixos para os agricultores no Nordeste e irá fazer uma articulação com os governadores sobre o programa. Mesmo que tenha de importar, segundo ela, o governo vai garantir o milho.
“Temos que avançar e assegurar mecanismos de combate à seca que sejam permanentes”, pregou Dilma Rousseff. A presidente defendeu medidas que durem e assegurem às pessoas que serão atendidas. Citou como exemplo a garantia de estoques de segurança para assegurar alimento para os rebanhos da região.
DNOCS