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Após bater recorde em 2022, extrema pobreza recua pela metade no Brasil em 2 anos, com destaque para o Nordeste

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Após bater recorde em 2022, a extrema pobreza no Brasil recuou pela metade em 2 anos, com destaque para o Nordeste, onde o recuo foi mais acentuado. Vários fatores contribuíram para a queda. Porém, o mais importante foi o investimento nas políticas de transferência de renda.

Em 2021, 19 milhões de pessoas viviam em situação de extrema pobreza no Brasil. Gente que vivia com menos de R$ 209 por mês. Em dois anos, esse número caiu 50%, chegando a para 9,6 milhões, segundo o Centro de Estudos Para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE.

A principal razão para a queda, segundo o levantamento, foram as políticas de transferência de renda no período.

Destaque para o Nordeste

A pesquisa apontou ainda que metade dos brasileiros que saíram da extrema pobreza no período vive no Nordeste. Eles também se beneficiaram da valorização do salário mínimo, da melhora na economia, da retomada no turismo e de um período com chuvas mais regulares. Os estados com as maiores quedas na faixa mais pobre foram Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.

Porém, a região ainda tem mais de 5,5 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, o equivalente a 9% da população local.

A pesquisa também mostrou que houve queda no número de pessoas em situação de pobreza, mas num percentual menor, de quase 23%. A redução foi de 78 milhões em 2021 para 60 milhões no ano passado. Esse grupo é formado por brasileiros que vivem com até R$ 667,00 por mês. Novamente, o Nordeste foi a região com o maior avanço total, onde 5,5 milhões de pessoas saíram da linha da pobreza.

Volta da Política de Valorização do Salário Mínimo

Segundo o jornalista Leonardo Sakamoto, Mestre e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo – USP, a mudança de realidade se deu, em parte, pela volta da valorização do salário mínimo, “uma política que estava parada durante os últimos quatro anos, que foram os anos do governo Bolsonaro, e que retornou com o salário mínimo aumentando acima da inflação. O Salário mínimo não é favor, é uma justa remuneração por um trabalho e a gente vê essa diferença na redução da pobreza”.

As informações foram repercutidas no Jornal da Cultura, da TV Cultura, na noite desta terça-feira (09).

Recorde em 2022

Reportagem publicada pelo Portal g1 no dia 2 de dezembro de 2022 mostrou dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando que, em 2021, o número de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza havia aumentado 22,7% na comparação com 2020. Já o número de pessoas em situação de extrema pobreza saltou 48,2% no mesmo período.

Os dois aumentos foram recordes, segundo o IBGE. Desde 2012, o país nunca havia registrado um avanço tão grande da pobreza e, sobretudo, da extrema pobreza. Em números absolutos, 11,6 milhões de brasileiros passaram a viver abaixo da linha da pobreza. Outros 5,8 milhões passaram a viver em condições de extrema pobreza.

Com esse crescimento, o Brasil passou a ter 62,5 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza, dos quais 17,9 milhões eram extremamente pobres. Isso equivale a dizer que 29,4% da população do Brasil estava pobre e 8,4%, extremamente pobre.

Ou seja, entre cada 10 brasileiros, aproximadamente três viviam abaixo da linha da pobreza e um em condição de extrema pobreza. Veja a reportagem completa CLICANDO AQUI.

Fonte: Carlos Magno

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