CPMI ampliará investigações sobre finanças

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    O mapa das finanças do suposto esquema criminoso de Carlinhos Cachoeira vai orientar os próximos passos da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga o caso. O relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), identificou que R$ 36 bilhões foram recebidos nos últimos dez anos por 75 pessoas e empresas acusadas de envolvimento com a organização.

    Há também R$ 1 bilhão movimentado em transferências bancárias que não foram identificadas. Nesse caso, no entanto, os bancos têm a identificação dos envolvidos, mas esses nomes ainda não chegaram à CPMI.

    Odair Cunha disse que está sendo realizado um trabalho específico em busca dessas informações. “Nós temos um problema de acesso às informações do sigilo bancário. É uma força-tarefa específica para solucionar esses problemas. Estamos indo aos bancos, vendo se o banco fez o envio e se, na conversão dos dados na CPMI, teve algum problema ou não.”

    Empresa Delta
    Para o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), a comissão também tem outras pendências para resolver, principalmente as relacionadas à construtora Delta, suspeita de integrar o esquema, repassando mais de R$ 420 milhões a 18 empresas de fachada.

    “Espero que possamos quebrar o sigilo das 12 empresas laranjas da empreiteira Delta que ainda não tiveram o sigilo quebrado, que possamos ouvir representantes de empresas laranjas que já têm requerimentos para sua convocação e que possamos chegar a outros agentes públicos que receberam financiamento dessa empreiteira.”

    Bloqueio de bens
    Em outra frente, a CPMI trabalha com o Ministério Público Federal para garantir que bens dos acusados de integrar o esquema criminoso fiquem bloqueados pela Justiça para que, futuramente, voltem aos cofres públicos. São 168 bens, avaliados em R$ 140 milhões.

    A CPMI do Cachoeira retomará os trabalhos na segunda semana de outubro, depois de ficarem suspensos durante este mês de setembro.

    Reportagem – Ginny Morais/Rádio Câmara
    Edição – Pierre Triboli
    Agência Câmara

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