Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tentou vender um relógio da marca Rolex recebido pelo então presidente em viagem oficial à Arábia Saudita.
O que aconteceu
Documentos enviados à CPI do 8 de Janeiro mostram a troca de emails de Mauro Cid para vender o relógio. Os documentos foram revelados pelo jornal O Globo e confirmados pelo UOL.
O relógio foi dado a Bolsonaro em 30 de outubro de 2019 durante almoço oferecido pelo rei da Arábia Saudita à comitiva brasileira.
No mesmo dia, Mauro Cid trocou emails para tentar vender o relógio por US$ 60 mil. As informações são de membros da CPI. O UOL tenta contato com a defesa de Cid.
Veja o conteúdo dos emails:
Segundo o relatório da CPI, Mauro Cid trocou mensagens em inglês com Maria Farani, que assessorou o Gabinete Adjunto de Informações do gabinete pessoal de Bolsonaro até janeiro de 2023.
Maria Farani: Olá Mauro, obrigada pelo interesse em vender o seu Rolex. Tentei falar com você por telefone mas não consegui. Pode por favor me falar se você tem o certificado de garantia original do relógio?
Maria Farani: Quanto você espera receber por essa peça? O mercado para Rolex usados está em baixa, especialmente para relógios cravejados de platina e diamante (já que o valor é tão alto). Só queria me certificar de que estamos na mesma linha antes de fazermos muita pesquisa. Espero ouvir notícias suas.
Mauro Cid: Olá …, Nós não temos o certificado do relógio, já que foi um presente recebido em viagem oficial de negócios. O que temos é o selo verde de certificado superlativo, que acompanha o relógio. Além disso, posso certificar que o relógio nunca foi usado. Pretendo receber por volta de $ 60.000 pela peça. Agradeço o retorno rápido. Mauro Cid.
Fonte: UOL